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Semanário | Sexta-Feira | 20 de Outubro de 2017 | Ano X | N.º 347
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Director: Fernando Borges
DIA NACIONAL
DA PARALISIA CEREBRAL
PÁGS. 2 e 3
FESTIVAL DE BANDAS
DE ARRENTELA
SAÚDE
ENTREVISTA
DESPORTO
Festival Internacional de Bandas Filarmónicas de Arrentela chegou à 28.ª
edição. Banda Filarmónica de Madrid,
Espanha, foi a convidada internacional,
no Festival que também abrangeu as
freguesias de Amora e de Corroios.
Farmácia no Seixal ganha certificado internacional de Amigas do Aleitamento Materno.
Certificado foi atribuído pela UNICEF e
OMS.
Ricardo Toscano é uma certeza do Jazz
nacional. O músico de apenas 24 anos já
actuou com vários nomes consagrados do
panorama jazzístico nacional, está presente
no Seixal Jazz 2017 e concedeu-nos uma
entrevista.
Seixal Clube 1925 entra a perder no
campeonato da 2.ª Divisão Distrital. Sorte
diferente teve o Paio Pires FC venceu o ACRT
Zambujalense com golo já a acabar a partida.
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ENTREVISTA
2
ASSOCIAÇÃO DE PARALISIA
Celino Cunha Vieira
EDITORIAL
Como já por várias vezes tenho
afirmado, estou farto de tanta hipocrisia.
E não me refiro à meia dúzia de
“pensadores” que só escrevem palermices
sobre este jornal no “facebook”, porque
não têm o mínimo de credibilidade e
não me merecem qualquer consideração.
Refiro-me sim aos responsáveis por mais
de uma centena de mortes que poderiam
ter sido evitadas na sua maioria se
houvesse humildade e competência para
tal. Por parte do governo já ouvimos
milhentas desculpas sobre os incêndios e
em nenhuma delas é assumida qualquer
responsabilidade sobre os mesmos.
Agora, quando se começam a revelar
algumas das causas, grande parte do
país fica indignado. E é só uma parte
do país porque a outra parte quer
encontrar desculpas para defender
a sua bandeira partidária, enquanto
outros, comprometidos com a bandeira
do parceiro, vão desenterrar tantos
argumentos do passado, que ainda
chegam ao D.Dinis por se ter lembrado
de mandar plantar um pinhal lá para os
lados de Leiria.
Assumamos que todos somos
responsáveis, uns mais que outros,
porque quando votamos estamos a
escolher quem nos deve governar,
mas num caso como este deixemos
as esquerdas e as direitas para outras
ocasiões e gritemos de raiva por aqueles
que já não o podem fazer.
Não se pode admitir que um
Secretário de Estado da Protecção
Civil diga que “têm de ser as próprias
comunidades a ser proactivas e não
ficarmos todos à espera que apareçam
os nossos bombeiros e aviões para nos
resolver os problemas”, assim como
a senhora ministra dizer que a sua
demissão não iria resolver nada porque
o que era necessário no momento era
agir. Não se entende é porque não agiu
nem reagiu, acabando por se demitir
“por dignidade”, seja lá o que isso possa
significar. Coitada da senhora que
segundo revelou, não teve férias. Mas
infelizmente todos aqueles sessenta e tal
que morreram em Pedrógão também
não as tiveram.
A ex-ministra devia era ter feito o que
o seu chefe Costa fez, que nessa época
estava a banhos numa ilha espanhola,
deixando cá os “ajudantes” – como
dizia o outro de Boliqueime – a tratar
dos incêndios e do roubo de material
militar.
E já que o senhor Primeiro-Ministro
afirma que “seguramente situações como
as vividas no domingo vão repetir-se",
teremos de nos apetrechar com alguma
antecedência, distribuindo baldes e
regadores de plástico e até diuréticos pela
população envelhecida das aldeias mais
remotas. Se não conseguirem apagar
os incêndios com água, pode ser que o
efeito do medicamento possa ajudar.
Director: Fernando Borges - CP1608
Registo do título: 125282
Depósito Legal: N.º 267646/07
Contribuinte N.º 194 065 499
Propriedade e Editor: Ângela Rosa
Hoje comemora-se o dia Nacional da Paralisia Cerebral. Este dia foi implementado com o objetivo de combater
o preconceito em relação a pessoas com esta condição. O “Comércio” esteve à conversa com José Patrício,
presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Almada e Seixal (APCAS), de forma a conhecer qual o trabalho
desenvolvido pela associação no combate a este estigma social.
Em que área geográfica a associação exerce
a sua actividade?
Apesar do nome da associação contemplar
Almada e Seixal, a nossa área de intervenção
é muito maior. Actualmente, trabalhamos
não só nos vários concelhos da península de
Setúbal como também na Área Metropolitana
de Lisboa. Essencialmente, a nossa área de
domínio é o desporto adaptado, trabalhando
na maior parte das vezes em parceria com
escolas.
Qual é a principal missão da APCAS?
A nossa grande missão passa por trabalhar
permanentemente na inclusão de pessoas
na sociedade, não só com paralisia cerebral,
mas com qualquer grau de deficiência em
geral. Não se trata apenas de lutar por
direitos, trata-se de mudar mentalidades.
Estas mudanças têm de partir da própria
pessoa, da família e da comunidade em
geral. Só deste modo será possível que estas
pessoas se afirmem perante si e perante a
sociedade, tendo uma participação mais
activa na comunidade. A maior parte destas
pessoas, durante muitos anos, viveram muito
fechadas, muito resguardadas, achando que a
sua condição seria o motivo que os obrigava a
ser mais passivos na sociedade. E nós sempre
batalhamos por isto: inclusão, participação e
cidadania para todos.
Falou-nos que trabalham além das áreas
do Seixal e Almada, nomeadamente em
toda a península de Setúbal e na Área
Metropolitana de Lisboa. De que forma
é que esses municípios têm ajudado a
associação?
Nós temos colaborado imenso com os
diferentes municípios, com alguns de uma
forma mais pontual como quando somos
convidados a participar ou a dinamizar
alguma actividade. Com muitos outros
através de contratos programa, ou seja, onde
são estabelecidos programas de intervenção
anual. Esses programas vão desde o trabalho
com escolas dos concelhos, instituições de
idosos, com outras entidades ou directamente
ADMINISTRAÇÃO, REDACÇÃO
E PUBLICIDADE
Av. José António Rodrigues, n.º 45, 2º
2840 - 078 Aldeia de Paio Pires
Telm. 969 856 802
Telf. 210 991 683
[email protected]
http://jornalcomerciodoseixalesesimbra.wordpress.com
Facebook: Comércio do Seixal e Sesimbra
com as próprias autarquias. É traçado
um plano de trabalho que envolve várias
componentes, passando desde o desporto à
formação, e havendo um acompanhamento
de perto, quer por parte da instituição quer
por parte da autarquia, da forma a seguir
o desenvolvimento dessas actividades.
Estes contratos programa, garantem um
trabalho mais duradouro, não só pelo seu
resultado final, mas por ser um trabalho
de continuidade e de grande envolvência
de muita gente desses concelhos. O que
temos verificado ao longo dos anos é que
progressivamente vamos aumentando o
número de contratos programa com os vários
municípios, reflectindo-se na qualidade de
vida das pessoas com deficiência residentes
nesses concelhos.
Que actividades é que a Associação tem
feito ao longo dos anos para combater o
estigma que a população “geral” sente em
relação à pessoa com deficiência, e se ainda
se sente esse estigma?
O estigma ainda se sente um pouco. Tudo
o que são mudanças de comportamento e
atitudes numa civilização demora muito
tempo, são coisas que atravessam algumas
gerações. As coisas têm vindo a melhorar
substancialmente, o povo português é um
povo tradicionalmente solidário, mas é
um povo mais virado para a solidariedade
pontual do ajudar e não propriamente
para o acolhimento enquanto par. Estas
pessoas acabam por ser um bocadinho
marginalizadas em muitas questões da
participação a começar logo pelo emprego,
por exemplo, têm muito mais dificuldade
na entrada do mercado de trabalho. Nas
actividades que desenvolvemos, eu destacaria
três grandes blocos de trabalho. Um dos
blocos tem a ver com a componente especial
da reabilitação onde temos um centro de
atendimento, apoio e reabilitação social para
pessoas com deficiência. Acompanhamos
cerca de 40 agregados familiares, e portanto
é um trabalho que é feito com a família, com
Director Adjunto: Celino Cunha Vieira TE1218
Directora Comercial: Ângela Rosa
Paginação: Paulo Ramos de Sousa
Repórter: Fernando Soares Reis CP6261
Colaboradores: Adriana Marçal, Agostinho António Cunha, Alvaro
Giesta, Dário Codinha, Fernando Fitas CP2760, José Henriques,
José Lourenço, João Araújo, Jorge Neves, João Domingos CO-1693,
José Mantas, José Sarmento, Maria Vitória Afonso, Maria Susana
o objectivo de desenvolver-lhes competências.
Colaboramos no desenvolvimento de
competências de autonomia, promovemos
a independência das pessoas e de alguma
forma também a reintegração social destas
famílias. Quando acontece o nascimento ou
uma situação de deficiência num agregado
familiar, normalmente esse agregado acaba
por se afastar de toda a vida social que sempre
teve, e portanto trabalhamos muito essas
áreas de competências.
Temos um outro domínio extremamente forte
na instituição que é a área do desporto e da
formação. No desporto adaptado temos feito
imensos projectos inovadores, acabámos de
lançar no passado dia 26 de Setembro, 5.000
colecções de livros. Fizemos uma colecção em
parceria com a Faculdade de Motricidade
Humana, o Ministério da Educação e a
Câmara Municipal do Seixal, lançamos deste
modo os maiores especialistas em Portugal
em desporto adaptado e fizemos 21 livros, 20
são de modalidades diferentes e um manual
geral que tem aspectos transversais.
Estes livros são ferramentas de trabalho
para os professores e para os técnicos.
Actualmente os alunos com deficiência estão
todos integrados na escola, e os professores,
nomeadamente de Educação Física, vêem-se
a braços com uma grande dificuldade que é
como desenvolver as diferentes modalidades
com uma diversidade tão grande de alunos.
Como desenvolver o voleibol com um aluno
em cadeira de rodas, como fazer futebol com
um aluno cego, e portanto, estes livros trazem
isso, trazem ferramentas, trazem estratégias,
trazem metodologias para que os professores
consigam adaptar essas 20modalidades às
diferentes realidades que têmpela frente. E se
numa 1.ª edição nós lançámos 200 colecções,
agora em 26 de Setembro lançámos a 2.ª
edição, 5.000 colecções de livros, que
contaram com o patrocínio do Presidente da
República, teve o financiamento da Secretaria
de Estado do Desporto e da Secretaria de
Estado para a Inclusão, e ainda das Câmaras
Mexia, Mário Barradas, Miguel Boieiro, Paulo Nascimento, Paulo
Silva, Pinhal Dias, Rúben Lopes, Rui Hélder Feio, Vitor Sarmento.
Impressão: Funchalense - Empresa Gráfica, S.A.
Tiragem: 15.000 exemplares
O «Comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsabilizado pelos
artigos assinados pelos colaboradores. Todo o conteúdo dos mesmos é da
inteira responsabilidade dos respectivos autores.
CSS | 20 de Outubro de 2017
3
CEREBRAL DE ALMADA E SEIXAL
Municipais do Seixal e de Almada, e agora
vai ser distribuído gratuitamente por todas
as escolas do país. Todos os professores de
Educação Física de Portugal continental
e ilhas vão ter acesso a esta ferramenta de
trabalho, vão ser distribuídos pelos Centros de
Recursos para a Inclusão, vão ser distribuídos
por todas as autarquias do país, portanto vai
haver uma distribuição enorme de maneira
a que esta ferramenta possa estar ao alcance
de todos. Como ela é acompanhada de uma
plataforma e-learning, queremos criar aqui
também uma rede de potenciais interessados,
juntando-a à formação. Entendemos que a
escola e os professores também necessitavam
de uma ajuda nesse campo da formação.
Dou como exemplo, a instituição neste
momento tem oito formações creditadas
só para professores, a maior parte delas na
área do desporto adaptado, mas também
na educação não formal. A esse nível,
participamos também em vários projectos
internacionais, com parceiros internacionais,
neste momento estamos envolvidos em dois
projectos Erasmus+, um deles vai iniciar
agora, somos os coordenadores do projecto, e
também na área do desporto adaptado.
Depois ainda temos o terceiro bloco que
é no domínio das tecnologias. A paralisia
cerebral carece muito de formas alternativas
e aumentativas de comunicação, uma vez
que muitas das pessoas com paralisia cerebral
têm dificuldade quando falam ou a fazeremse entender pelos outros. É também uma
grande aposta que iremos fazer, com outros
parceiros como a Fundação PT, até uma
própria empresa, trabalhamos muito em
parceria também na formação, não só de
professores mas até dos próprios cuidadores,
da família desses jovens, e até dos próprios
jovens para utilizarem os equipamentos na
sua vida normal, qualquer coisa que lhes
permita comunicar com o Mundo.
Não posso deixar de mencionar o factor
desportivo, estamos em Outubro, e
apesar das Seixalíadas onde participaram
estarem a terminar, vão continuar algum
as actividades desportivas. Apesar da
APCAS ter a escola de Boccia, acha que o
desporto no geral pode ajudar a combater
o estigma?
Ajuda sempre. Acho que o desporto é dos
elementos de inclusão melhores para serem
trabalhados a todos os níveis, não me refiro
apenas à área da deficiência, falo também
das minorias étnicas, das pessoas mais
desfavorecidas economicamente, o desporto
é sempre um veículo de inclusão. Por esse
motivo também fizemos uma aposta tão
grande na área do desporto, porque através
do desporto vão-se eliminando muitas
diferenças que são mais acentuadas noutros
domínios. Por exemplo, o Boccia é talvez das
únicas modalidades que pode ser praticada
por toda a gente sem excepção. Podemos estar
a falar de crianças, adultos, idosos, de pessoas
com deficiência ou muitas dificuldades, ou
de pessoas sem qualquer tipo de deficiência,
portanto toda a gente pode praticar ou
jogar Boccia, e isso é uma mais-valia. Nós
utilizamos muito o Boccia no trabalho que
fazemos com as escolas como veículo de
inclusão. É difícil, mas os manuais provam
que é possível colocar jovens com deficiência
a jogar futebol, mas é mais difícil, mas é
muito fácil colocar jovens sem deficiência a
jogar Boccia com os seus colegas. E portanto,
numa perspectiva de inclusão inversa, numa
modalidade pensada para a pessoa com
deficiência, levamos os outros a participarem
e a desenvolverem a modalidade. E isso tem
dado muitos resultados, a nossa escola de
Boccia tem vindo a crescer, cada vez com
mais atletas, estamos sempre directamente
envolvidos na Seixalíada, achamos que é um
evento notável e um grande exemplo no país.
Uma das nossas actividades que vai decorrer
depois do fecho oficial da Seixalíada, será o
Torneio dos Novos Valores, que é o único a
nível nacional em que se vão buscar crianças
e jovens, tudo abaixo dos 23 anos, e que
têm potencial para virem a ser no futuro
campeões, e colocá-los em competição uns
com os outros, em partilha e em festa. É um
dos grandes eventos da Seixalíada, porque
é uma actividade com muitos atletas locais,
do município do Seixal, mas também com
muitos atletas vindos de outros pontos do
país, e aí estamos a falar de jovens e crianças
com deficiências acentuadas.
João Domingues
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Festa de encerramento
21 de outubro - sábado
Pavilhão do Clube do Pessoal da Siderurgia
Nacional, Aldeia de Paio Pires
18 horas
Gala de artes marciais
20 horas
• Encerramento oficial da 34.ª Seixalíada
• Momento protocolar
• Arriar da Bandeira da Seixalíada
• Apagar da pira
20.30 horas
Gala de atividades gímnicas
CULTURA
CSS | 20 de Outubro de 2017
4
HISTÓRIAS ASSOCIATIVAS (23)*
CAETANO VERÍSSIMO
Fernando Fitas
UMA VIDA INTEIRA
DEDICADA
à SFUA e à sua banda
Neste convocar de afectos associativos,
vivências e memórias, é-nos sugerido por
alguns elementos da direcção da União
Arrentelense, a audição de Caetano
Veríssimo, 78 anos, um dos associados mais
antigos da colectividade e porventura, um
dos seus filarmónicos cuja ligação à banda
assume maior perenidade.
Homem de trato fácil mas receoso de que,
por via da sua pouca instrução escolar, o
seu testemunho pudesse, eventualmente,
beliscar a grandiosidade da obra cultural que
a sociedade ergueu ao cabo dos cento e tal
anos que leva de existência, algumas vezes
nos chamou a sua casa, em ordem a assinalar
determinado detalhe que não mencionara
acerca de um ou outro episódio a que antes
se havia reportado.
Essa constante exigência de rigor, em tudo
quanto à vida da colectividade diz respeito,
faz dele uma figura deveras respeitada por
todos quantos, por esta ou aquela razão, se
acham, de alguma forma ligados à prestigiada
agremiação arrentelense.
Embora haja nascido em Paio Pires, os laços
de afectividade que mantém com Arrentela
e a sua sociedade remontam ao tempo em
que começou a namorar sua esposa. “Tinha
eu 15 anos, quando iniciámos o namoro e
casámos quatro anos depois.” Diz. “Ora,
como ela era natural de Arrentela e aqui
vivia, não tive outra alternativa que não fosse
a de emigrar para cá, situação que, por força
de todas estas décadas de permanência e dos
50 anos que levo de músico da sociedade,
me confere o estatuto de arrentelense. Pelo
menos, assim sou considerado.” Refere com
notória satisfação.
“Primeiros passos na música
foram dados em Paio Pires”
Ainda que toda a sua carreira tenha sido
realizada na SFUA, foi no entanto, na
Sociedade 5 de Outubro, em Paio Pires,
que aprendeu o solfejo. “O meu monitor
chamava-se José Costa, pessoa muito
dedicada à banda da sua sociedade e que para
além de ser seu director, foi ainda o primeiro
músico do concelho a tocar trombone de
ROSTOS DO SEIXAL
ANTÓNIO FORTUNATO
DE SOUSA
(1914 - 1989)
Nasceu no Montijo, começando, ainda
muito jovem, a sua formação musical na escola
de música da Sociedade Filarmónica 1.º de
Dezembro, onde aprendeu a tocar saxofone
contralto. Rumou para norte, vivendo na cidade
do Porto, onde conheceu a sua esposa, voltando
juntos a sul. Em 1933 alistou-se na Banda da
Armada Portuguesa, como voluntário, na
classe de músico. A partir de 1935 frequentou
a Escola de Música do Conservatório Nacional,
onde se formou em saxofone – com média
de 20 valores – e ainda em violino, sendo-lhe
atribuído em 1937 o Prémio do Conservatório,
com o pianista Vianna da Mota no júri. Ficou
na Banda da Armada até à reforma, em 1974,
com o posto de 1.º Tenente, tendo chegado a
assumir a posição de Subchefe da Banda. Em
1956 é convidado a dirigir a Banda da Sociedade
Filarmónica União Seixalense - "Os Prussianos",
tendo, não só, continuado o legado do anterior
maestro Marcos Romão dos Reis Júnior, como
também ter criado uma pedagogia exemplar
de orquestrar e transcrever peças originais para
vara,” salienta.
“Contudo, por razões que se prendiam com
as suas funções de encarregado da serralharia
no Arsenal do Alfeite, numa altura em que ali
havia necessidade de efectuar muitos serões,
só me pode ministrar as primeiras lições,
findas as quais me endossou para o senhor
Jerónimo Costa.
No entanto,” faz notar, “mau grado todo o
empenho colocado por aquele na busca de
uma saída para o caso, este também se via a
braços com um tremenda falta de tempo, pois
que, tratando-se do único barbeiro existente
na aldeia, nessa época, não tinha mãos a
medir para despachar a freguesia. Toda esta
situação, fazia com que estivesse semanas
inteiras sem uma aula, o que, para meu pesar,
acabou por me levar à desistência.”
Filho de uma família de fracos recursos, que
trazia uma Quinta à renda para alimentar as
12 bocas que constituíam o agregado, o qual
incluía, não apenas, o casal e os oito filhos,
mas também os avós, começou a trabalhar na
Wicanders aos doze anos, circunstância que,
ao invés de lhe esmorecer o sonho de um dia
vir a saber música, lhe acentuou esse desejo.
“Mais tarde,” conta, “com a obtenção por
parte de minha sogra para namorar a filha
e o ingresso na Mundet, associei-me na
União Arrentelense, com o intuito inicial
de aproveitar as condições mais vantajosas
oferecidas aos sócios no acesso aos bailaricos.
Sobretudo, porque não tendo ainda obtido
idêntica autorização por parte de seu pai,
havia que lançar mão a todos os expedientes
que possibilitassem os nossos encontros.
Este, a meu entender, era um deles.”
E de tal sorte se revelou a sua entrada
para a referida fábrica, que um dia o
companheiro e consócio, José de Almeida
Cardoso, vulgarmente conhecido por ‘José
da Mariana’, o aliciou a retomar as aulas de
solfejo. Ele mesmo se responsabilizaria pelas
lições, na condição de que, quando estivesse
apto a receber o instrumento, só aceitaria
orquestra ou banda sinfónica, adaptando-as a
uma banda civil ou filarmónica, para que esta
fosse corretamente executada. Tinha o cuidado
de escrever a história da obra ou o seu ponto
de vista acerca da mesma na partitura que
copiava. Compositor nato, António Fortunato
de Sousa, escreveu originais seus para a Banda
da União Seixalense, tais como a marcha "O
Veterano - Adelino Lopes", a fantasia para
trompete "Dulce" ou a abertura "Gratidão" homenageando assim as gentes da coletividade,
compondo ainda obras reconhecidas
nacionalmente, como a "Rapsódia Portuguesa
nº1", a suite "Quadros Portugueses" ou a
abertura "Lusitânia", estreadas pela Banda da
União Seixalense, servindo assim de molde para
eventuais correções antes da estreia oficial das
mesmas, quer na Banda da União Seixalense,
quer na Banda da Armada Portuguesa, onde
também era maestro e compositor. Para além
da banda, dirigiu e orquestrou canções para o
Grupo Cénico da União Seixalense, ajudando
sempre nos eventos culturais da coletividade.
integrar o corpo da banda de Arrentela.
Firmado o acordo, lançou-se no
aperfeiçoamento dos seus conhecimentos
musicais, e, desse modo, na concretizar
do sonho que há muito acalentava no
mais fundo de si. “Pena foi,” diz, “que o
homem tenha adoecido dos pulmões e não
tivesse concluído a sua missão devido ao
seu internamento no sanatório. Face a este
contratempo, Manuel Lourenço Júnior, ou
‘Manuel da Aurora’, prontamente chamou
a si a continuidade do trabalho de me dar
as lições que faltavam para terminar esta fase
da aprendizagem. Coube-lhe a ele, portanto,
a satisfação de me levar para a estante, de
me entregar o instrumento e me levar para
a banda.”
A respeito de Manuel Lourenço Júnior,
também apelidado de Manuel Marques,
convirá sublinhar que se tratou de uma
personagem que marcou uma época na
Banda da Sociedade Filarmónica União
Arrentelense. Possuidor de uma boa formação
musical, quer no domínio da composição,
quer no da execução, ministrada, de resto, por
um tio cego, proporcionaram-lhe a faculdade
de saber tocar todos os instrumentos de bocal
existentes na banda. De igual modo, era ele
quem escrevia todo o tipo de pautas para a
banda.
Um feito raro para a época, especialmente
se nos recordarmos que todo o material
utilizado pelos respectivos, músicos, tinha de
ser manualmente copiado, uma vez que, ao
tempo, não havia ainda fotocopiadoras. Uma
tarefa que lhe tomava todos os momentos
livres, tornando-o, no dizer de quantos o
conheceram “num escravo da própria banda,
mas à qual se entregava com todo o gosto.”
*Excertos de “Histórias Associativas- Memórias
da Nossa Memória – 1º Volume As
Filarmónicas”.
Edição Câmara Municipal do Seixal-2001
Em 1969, o seu trabalho como maestro da
Banda da Armada Portuguesa intensifica-se,
tendo de deixar a regência da Banda da União,
embora visitasse regularmente a coletividade
e continuasse a compor para a banda, como a
marcha "Centenário" para os festejos da União
em 1971. Mais tarde, dirige a banda onde
começou a sua vida musical, no Montijo, tendo
falecido em Lisboa, na sua casa da Avenida
João XXI, deixando todo o seu legado hoje
conhecido nas duas filarmónicas que dirigiu,
contando a União Seixalense com cerca de 50
obras escritas por si, entre originais, cópias e
arranjos.
Mário Barradas
SOCIEDADE
CSS | 20 de Outubro de 2017
5
COME
DIFERENTE,
PENSA COMO
ANTIGAMENTE!
“Paleo Descomplicado”
Francisco Silva, um dos fundadores do
grupo “Paleo Descomplicado”, conta-nos
como conheceu este regime alimentar e
quais as suas bases.
Há cerca de 3 anos (23 quilos atrás) resolvi
fazeruma dieta que durou 31 dias. E fi-lo por
brincadeira: achava que não iria funcionar!
Enganei-me pois perdi oito quilos facilmente.
Nessa altura percebi rapidamente que não é
boa ideia focar a nossa atenção apenas na
perda de peso: o objetivo principal tem que
ser melhorar a nossa saúde e qualidade de
vida...e o peso tende a normalizar!
Satisfeito com esse peso a menos aproveitei
para tentar entender o que tinha acontecido
e para conhecer melhor o funcionamento
do meu organismo.Novas rotinas e hábitos
foram implementados enquanto me ia
cruzando com adeptos de várias dietas… até
que um dia alguém falou numa que parecia
coisa de malucos: a ‘dieta do Paleolítico’.
O mais curioso é que aquilo que esta suposta
“dieta”me “permitia”comer era basicamente
aquilo que os médicos sempre me disseram
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para não comer! Sendo eu um “homem de
ciência”, resolvi que a coisa merecia alguma
investigação e comecei a pesquisar estudos,
documentários e entrevistas, acabando por
reunir alguns argumentos que considero
válidos:
- Se esta é mais uma dieta da moda, é uma
moda com 2 milhões de anos, pois suportou
grande parte da evolução humana (a mais
significativa).
- A relação entre o consumo de gorduras
animais e o aumento do colesterol tem
sido posta em causa em vários artigos mais
recentes, bem como a relação destes com
o aumento das doenças cardiovasculares.
Vivemos de mitos!
- Nas últimas décadas assistimos a um
aumento do consumo de hidratos de
carbono e, ao mesmo tempo, uma subida
drástica dos casos de diabetes mellitus, entre
outras doenças habitualmente designadas
por 'doenças autoimunes'.
Então o que é “comer” PALEO? Uma
natural diminuição no consumo de
hidratos de carbono e aumento de gorduras
naturais, aproximando-se da dieta dos
nossos antepassados - rica em carnes, peixes,
ovos, legumes, raízes, frutos e sementes. O
objetivo será reduzir os ‘maus’ hidratos de
carbono e ingerir os ‘bons’, com mais fibras
que atrasam a sua transformação em açúcar,
não causando picos de produção de insulina.
Não é necessário (nem desejável) comer de
três em três horas, embora o objetivo não seja
de todo passar fome. Comemos comida de
verdade, escolhemos alimentos densos e mais
saciantes, evitando alimentos processados,
embalados e com aditivos nas mais variadas
formas.
Notem que uso a palavra evitar e não abolir,
erradicar ou algo parecido. Não vejo o paleo
como um regime alimentar rígido porque não
acho que deva ser, embora haja quem defenda
que sim. Na minha maneira de entender este
modo de vida, pode haver espaço para alguns
alimentos menos recomendados, desde
que usados esporadicamente ou de forma
estratégica (evitando males maiores). É o caso
dos queijos ou de um arroz vaporizado, por
exemplo, consoante o objetivo de cada um.
Assim, as bases da ideia estão lançadas e
cada um pode decidir aprofundar mais esta
questão se estiver interessado. Pela minha
parte apenas tenho a dizer que nesta ainda
curta experiência me sinto muito bem, o
meu peso continua controlado, e apesar
de ter substituído a maioria dos hidratos
de carbono que consumia antigamente
(bolachas, barras e cereais, massas, arroz,
bolos, pastéis) por outros de melhor
qualidade e em menos quantidade, não me
sinto fraco ou sem energia, inclusivamente
quando pratico desporto, porque a PALEO
não é apenas sobre comida!.
Boas pesquisas e boas experiências!
www.facebook.com/groups/paleodescomplicado/
www.facebook.com/paleoxxi/
www.facebook.com/PaleoxxiRevista/
http://paleoxxi.com/
[email protected]
REPORTAGEM
CSS | 20 de Outubro de 2017
6
COMEMORAÇÕES
DO 32º ANIVERSÁRIO
Ponto alto das comemorações do 32º aniversário da criação da
Freguesia da Quinta do Conde, a sessão solene evocativa da efeméride,
distinguiu trabalhadores, atletas, dirigentes associativos, personalidades,
empresários e autarcas, entre os quais Augusto Pólvora, Presidente da
Câmara Municipal de Sesimbra, recentemente falecido.
Iniciada com a execução de uma peça
musical de taças tibetanas, interpretada
por Sérgio Cristo, a cerimónia, realizada
no salão João Favinha, concitou o interesse
de um elevado número de habitantes, que
se quiseram associar às celebrações.
Momento de grande significado da referida
sessão, a atribuição, a título póstumo, da
Medalha de Honra da Freguesia, a Augusto
Pólvora, com a assistência, a tributar, de
pé, uma prolongada ovação, constituiu
uma profunda manifestação de apreço e
reconhecimento ao trabalho desenvolvido
pelo malogrado líder camarário, visando
o desenvolvimento da localidade.
Para João Valente, presidente da
Assembleia de Freguesia cessante, “a
Quinta do Conde está grata a todos
quantos a ela dedicaram o seu talento e
saber, contribuindo com o seu esforço
para a satisfação das necessidades da
população”, sublinhando que o malogrado
líder camarário, foi um deles, já que para
além de presidente da edilidade, era um
verdadeiro amigo desta terra”.
Convicção semelhante expressou
Vítor Antunes, presidente da Freguesia
aniversariante, ao fundamentar a
atribuição das distinções conferidas aos
homenageados, e em particular, ao exautarca, cujo falecimento constituiu a
perda de “um homem bom e competente,
dedicado ao concelho na sua plenitude
geográfica e conhecedor da Quinta Conde
em toda a sua dimensão.”
Na opinião de Francisco Jesus, presidente
cessante da Junta de Freguesia do
Castelo e presidente eleito da Câmara
Municipal de Sesimbra, mas que na
ocasião representou a Anafre, Associação
Nacional de Freguesias, dado ser um
dos seus vice-presidentes, “ a Quinta
do Conde é não apenas uma das
freguesias do País que maior crescimento
demográfico registou na última década,
como das que, a nível nacional, possui a
mais elevada percentagem de população
jovem, constituindo, por isso, uma
injustiça o modo como tem sido tratada
em resultado do não cumprimento da lei
das finanças locais”.
No mesmo sentido se expressou
Odete Graça, presidente da Assembleia
Municipal de Sesimbra, que após
felicitar a Freguesia aniversariante aludiu
à ausência da “patine” histórica que
caracteriza outras localidades, mas que
apesar disso, “tem sabido assumir uma
atitude determinante no concerto do
desenvolvimento do concelho e da região,
fruto de uma participação critica dos seus
habitantes, a qual têm contribuído para a
elevação qualitativa do quotidiano local.
Encerrando a sessão, Felícia Costa,
presidente em exercício da autarquia
sesimbrense,
traçou
um
retrato
retrospectivo da localidade para salientar
as profundas alterações operadas ao
longo deste período de tempo, fruto do
empenhamento dos habitantes e do poder
local, traduzidas em benfeitorias de vária
ordem e em diversas zonas da Freguesia.
Nesse quadro, segundo ainda Felícia
Costa, estão consignados no plano de
actividades da edilidade para o mandato
que se iniciará dentro de semanas, um
DA FREGUESIA DA QUINTA DO CONDE
vasto conjunto de equipamentos, entre
eles, um auditório com capacidade
para mais de 200 lugares, integrado no
edifício da escola a construir no Conde
2; o pavilhão multiusos proposto pela
Junta de Freguesia; o lar residencial da
Cercizimbra; a continuação do corredor
pedonal e ciclável; a criação de um espaço
de recolha de monos e aparas de jardim
e a continuação do projecto do parque
ecológico da Várzea, em ordem a torná-lo
numa referência da Freguesia e da região.”
Tudo isto, concluiu a edil, “sem deixarmos
de continuar a reivindicar a construção
de uma escola secundária na Quinta do
Conde, a ampliação do centro de saúde,
de modo a que satisfaça as necessidades
da população, tendo, para tal, já sido
entregue no Ministério da Saúde uma
proposta da Câmara Municipal.”
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CSS | 20 de Outubro de 2017
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REPORTAGEM
CSS | 20 de Outubro de 2017
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O VOZEIRO
28.º FESTIVAL INTERNACIONAL
DE BANDAS FILARMÓNICAS DE ARRENTELA
Rui Hélder Feio
Divórcio com Partilha
P. – Por razões de grandes dificuldades
económicas, deixei de pagar a renda e o
senhorio intentou uma acção de despejo.
Pretendo efetuar oposição ao despejo,
mas informaram-me que para efetuar essa
oposição, terei de depositar o valor das
rendas em falta como caução. Será assim?
- Rita Nunes, Corroios.
R. – Normalmente para apresentar
uma acção de oposição a um despejo o
arrendatário terá de prestar uma caução
no valor das rendas.
No entanto, tudo indica que o seu caso
será diferente.
Pelo que me diz, parece estar a passar
por problemas económicos , quiçá, na
sequência de uma situação inesperada
de desemprego. Se assim for, terá
direito a apoio judicial gratuito e,
consequentemente, dispensada de prestar
essa caução.
No entanto, porque o caso pode não ser
tão linear como isso, aconselho a procurar
os serviços de um profissional, Solicitador
ou Advogado, que estudará o caso e lhe
dará a melhor solução.
P. – Numa operação STOP da GNR,
perdi 5 pontos na carta de condução
por infracção considerada muito grave.
Terei de me sujeitar a alguma acção de
formação?
R. – Supondo que é a primeira vez, ainda
não terá de se sujeitar a essas acções, mas
tenha cuidado qualquer descuido pode
ser-lhe penoso.
Convém recordar que no novo regime
de carta por pontos, cada condutor inicia
com 12 pontos.
Se durante 3 anos não registar nenhuma
contraordenação grave ou muito grave,
receberá mais 3 preciosos pontos.
Caso tenha alguma contraordenação,
se for considerada grave descontará 2
pontos, se for considerada muito grave
descontará 4 por cada.
Se a ou as contraordenações graves
forem devidas a álcool ou substâncias
psicotrópicas, descontará 3 pontos. Se
forem contraordenações muito graves,
descontará 5 pontos.
Atenção, quando ficar com apenas 4
pontos na carta de condução, terá de
efectuar acções de formação de segurança
rodoviária.
Se ficar com escassos 2 pontos, terá
de repetir a prova teórica do exame de
código. Note que não recupera os pontos,
mas pode não perder a carta, mas se falhar
nesse exame, aí sim, ficará sem carta.
Quando chegar a zero pontos, o condutor
perde a carta e fica impedido de conduzir
durante 2 anos. Depois, se se sujeitar a
acções de formação e submeter todo o
processo para exame de condução, poderá
repetir esse exame e voltar a conduzir, se
tiver aproveitamento.
Escolha os serviços de um profissional,
contacte o Solicitador.
Envie a sua questão para:
[email protected]
Arrentela recebeu a 28.ª edição do Festival
Internacional de Bandas Filarmónicas de
Arrentela, esta edição voltou a acolher
uma banda internacional. Além da Banda
Filarmónica da Sociedade Filarmónica
União Arrentelense (SFUA) - a banda
da casa – os munícipes puderam assistir
às bandas filarmónicas da Asociación
Ciudad
de
Valdemoro,
Madrid,
Espanha, da Filarmónica Progresso
Matos Galamba, de Alcácer do Sal, e
da Sociedade Filarmónica Palmelense
"Loureiros”, de Palmela
O Festival começou na 6.ª Feira, dia 6,
com um concerto da banda Asociación
Ciudad de Valdemoro Madrid, Espanha,
na sede do Clube Recreativo da Cruz de
Pau. No dia seguinte a mesma banda
voltou a actuar, mas desta vez no Pavilhão
Multiusos da Quinta da Marialva em
Corroios. Domingo, foi marcado pela
arruada, nas ruas e marginal de Arrentela,
e pelos concertos das bandas convidadas
durante a tarde. António Aleixo,
presidente da SFUA, fez-nos um balanço
do Festival: “desde que nós estamos à
frente da Sociedade, há cerca de três anos,
este, é o primeiro festival de bandas que
fazemos internacionalmente, ao qual foi
convidado uma banda espanhola que
esteve connosco os três dias, o Festival
decorreu nos dias 6, 7 e 8 de Outubro”.
António Aleixo prosseguiu dizendo
que“entretanto foram feitos mais convites
a duas bandas portuguesas, sendo elas
de Palmela, dos “Loureiros”, e a Matos
Galamba, de Alcácer do Sal. O Festival na
6.ª Feira e no Sábado teve a actuação da
banda espanhola nas freguesias de Amora
e de Corroios, e depois no Domingo
tivemos aqui o Festival completo com
as bandas todas, que correu tudo bem,
todas as pessoas ficaram satisfeitas com
este festival, nós na colectividade ficámos
muito agradados com esta situação e
vamos ver se agora, quando fizermos a
30.ª edição, conseguimos fazer uma coisa
como deve ser. São 30 anos e queremos
fazer melhor. Este ano correu bem, para
o ano penso que será melhor, e quando
chegarmos aos 30 anos, queremos fazer
um Festival com alguma dignidade
porque esta colectividade merece.
Agradeço a vossa atenção nestas pequenas
palavras e têm sempre uma casa aberta
sempre que quiserem alguma coisa da
nossa parte”.
Luís Silva, Maestro da Banda da SFUA,
também prezou a organização do Festival:
“o Festival de Bandas de Arrentela é
organizado pela SFUA e conta já com
28 edições o que o torna no evento do
género mais antigo do Concelho do
Seixal. Pelas Ruas de Arrentela desfilam
desde 1989 milhares de músicos. Com
a sua internacionalização o Festival
ganhou novo alento para continuar a sua
principal função: a troca de experiências,
de culturas e de ideias. Através destes
intercâmbios a Banda d’Arrentela já levou
a sua Música além-fronteiras inúmeras
vezes”. Luís Silva acrescentou ainda que
“após alguns anos em que não foi possível
termos Bandas estrangeiras eis que este
ano voltámos a contar com uma Banda
Espanhola. Mais uma vez tivemos a
colaboração da Junta de Freguesia de
Amora e de Corroios o que, a par com
os nossos grandes parceiros que são a
Câmara Municipal do Seixal e a União
de Freguesias de Arrentela, Seixal e Aldeia
de Paio Pires, permitiu elevar o nosso
Festival a um nível verdadeiramente
Municipal.”
O Maestro não deixou ainda de referir
o futuro do Festival e os quase 30 anos
do mesmo: “caminhamos a passos
largos para a XXX edição e a SFUA
quer dar seguimento ao momento de
renovação e revitalização que atravessa
realizando um Festival cada vez mais
abrangente e multicultural. Só assim faz
sentido continuar a trabalhar em prol
da Cultura e da divulgação da Música”.
João Domingues
SOCIEDADE
CSS | 20 de Outubro de 2017
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A LUZ DA QUILONOVA
RIOSUL
SHOPPING OFERECE 12 MIL EUROS EM VALES DE COMPRAS
Dário Codinha
o ou os talões de compra que serão trocados
por vales. O cliente deverá estar previamente
registado
em
www.rioshulshopping.
net. Poderá também efetuar o registo no
momento de participação na campanha.
Os vales têm a validade de 1 mês, podendo
ser utilizados nas lojas do RioSul Shopping
(com exceção do hipermercado Continente,
da Well’s, dos Quiosques temporários, Lojas
e/ou quiosques referentes a carregamento
de saldo de telemóveis, de serviços pagos
por “PayShop”, Farmácia referentes a
medicamentos sujeitos a receita médica,
leites para bebés e produtos Tempur,
Cartões-Presente e Cheques Prenda) até ao
dia 29 de novembro.
DR
À quinta detecção de ondas gravitacionais foi
feita uma descoberta surpreendente. A 17 de
Agosto de 2017 o LIGO (interferómetro a
laser de ondas gravitacionais) detectou ondas
gravitacionais, a 130 milhões de anos-luz,
provenientes da colisão de duas estrelas de
neutrões. Do outro lado do mundo, em Itália,
o VIRGO também as detectou o que permitiu,
em conjunto com observatórios no espaço e
em terra, fazer a triangulação para encontrar o
ponto exacto do evento.
A fusão de buracos negros também gera
ondas gravitacionais, que já foram detectadas
4 vezes pelo LIGO. Contudo não é possível
verificar o evento uma vez que não existe
qualquer brilho resultante. A detecção de 17
de Agosto foi a primeira de uma colisão que
gerou brilho, uma vez que se tratou da colisão
de duas estrelas muito massivas, resultantes de
supernovas, cujo brilho é mil vezes superior
ao da supernova. Trata-se de uma quilonova,
prevista há 30 anos. A quilonova é responsável
pela síntese de metais mais pesados do que o
ferro, tais como ouro, platina e urânio.
Apenas dois segundos após a detecção pelo
LIGO, dois observatórios de raios gama
apontaram para a área da detecção para
confirmar que o evento gerou, também, a
emissão de raios gama. Confirmada a detecção,
todos os telescópios do ESO (observatório
europeu do Sul) apontaram para o mesmo
local e visualizaram a enorme explosão. Pela
primeira vez temos um evento detectado em
todos os comprimentos de onda e, também,
confirmada a previsão de há 30 anos.
Dário S. Cardina Codinha - coordenador de
literacia funcional do site AstroPT. Org
No próximo dia 28 de Outubro, o RioSul Shopping vai ser o ponto de encontro para
todos os que pretendam participar em mais uma campanha promocional que vai oferecer,
no total, 12 mil euros em vales de compras.
No dia da campanha, que tem início às 9h00 e vai até às 23h00, o RioSul Shopping
oferece a todos os seus visitantes a oportunidade de ganharem até 30 euros em vales.
Durante este dia, por todas as compras realizadas, entre os 50€ e 150€, nas lojas do
Centro Comercial, os clientes podem receber até 30€ em vales consoante o montante das
compras efetuadas.
Para fazer a troca dos talões, basta dirigir-se ao Balcão da Campanha situado no piso 0
do RioSul Shopping, neste mesmo dia (28 de outubro) das 9h00 às 23h00, e apresentar
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SAÚDE
CSS | 20 de Outubro de 2017
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OPINIÃO
Dr. Manuel Tavares de Matos,
ortopedista e presidente da Sociedade
Portuguesa de Patologia da Coluna
Vertebral
A lombalgia define-se como a dor numa
área posterior do corpo, entre a ultima
costela e a região glútea, com ou sem
irradiação pelo membro inferior (ciática),
sendo aguda se a duração for de um dia até
seis semanas, subaguda até as doze semanas
e após esta consideramos estar perante
uma lombalgia crónica. Estima-se que 8
em cada 10 pessoas terão um episódio de
lombalgia ao longo da sua vida.
Em relação ao curso habitual da doença,
50 a 60% recuperam numa semana, 95%
em 3 meses e apenas 5 a 10% dos casos
desenvolvem lombalgia crónica, sendo
que esta afeta 3 a 4 vezes mais a população
entre os 50 e os 60 anos de idade com uma
prevalência cerca de 50% mais alta na
mulher.
Quanto às causas temos de estar alertas para
casos de infeção, de patologia tumoral ou
alterações estruturais como escolioses que
se possam manifestar deste modo, sendo
que o mais habitual é serem consequência
de alterações degenerativas dos discos
intervertebrais.
Outros fatores podem também contribuir
para as lombalgias como estado
psicológico; ansiedade, depressão, stress
das responsabilidades, stress psicológico no
trabalho; fatores psicossociais; intensidade
da atividade física no trabalho; movimentos
repetidos de rotação, exposição a vibração;
tabaco e obesidade.
Para prevenir as lombalgias recomenda-se.
1. Fortificar a musculatura paravertebral,
abdominal e glútea, exercícios de
alongamento e estiramento
2. Evitar uma vida sedentária - Exercícios
cardiovasculares – andar, correr,
bicicleta, natação
3. Evitar a posição sentada, esforços em
anteflexão do tronco e rotação
4. Tratar a Obesidade – parece facilitar
progressão para cronicidade
5. Tratar a osteoporose reforçando a
estrutura óssea
6. Tratar os fatores psicosociais como
estados depressivos ansiosos e de
insatisfação no trabalho
7. Diminuir a exposição a vibrações
8. Efetuar o despite da Escoliose
9. Tratar as doenças primárias e desse
modo evitar a manifestação secundária
ou sua extensão à coluna (doenças
reumáticas, tumores, infeções como
p.ex. tuberculose)
A SPPCV foi fundada em 2003 com o
objetivo de promoção, estudo, investigação
e divulgação das questões inerentes à
problemática da prevenção, diagnóstico
e tratamento das patologias da coluna
vertebral. Para mais informações consulte
http://sppcv.org/
UNICEF e OMS distinguem
farmácias no Seixal
OMS e UNICEF atribuem certificado de Farmácia Amiga do
Aleitamento Materno a três farmácias no Seixal amigas dos bebés.
Projeto pretende abranger mais de 40 farmácias portuguesas em 2018.
Três farmácias portuguesas vão
receber a certificação internacional
de Farmácia Amiga do Aleitamento
Materno. Atribuída em conjunto
pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e pela UNICEF, esta distinção
foi entregue na 2.ª Feira, dia 16 de
outubro, à Farmácia Bento Lino, à
Farmácia Seixal e à Farmácia Godinho,
numa iniciativa que coincide com
o mês internacional do aleitamento
materno.
O certificado internacional de
Farmácia Amiga do Aleitamento
Materno é atribuído pela OMS e pela
UNICEF aos espaços de saúde que são
uma referência no que diz respeito ao
aleitamento materno, que deve ocorrer
em exclusivo até aos 6 meses de idade e
de forma complementar à alimentação
das crianças, pelo menos, até aos dois
anos de idade.
De acordo com organizações
internacionais, as três farmácias
agora
distinguidas
destacam-se
pela valorização da importância do
aleitamento materno na redução do
risco de ocorrência de várias patologias
como a obesidade, diabetes, alergias e
infecções, e pela sua aposta na ajuda a
mães, bebés e família ao longo de todo
o período de aleitamento materno
através do aconselhamento e resolução
de problemas relacionados com a
amamentação.
Sediadas no Concelho do Seixal,
estas serão as primeiras farmácias
distinguidas pela UNICEF e pela
OMS em toda a Área Metropolitana
de Lisboa. Pretende-se que o projeto
Farmácias Amigas do Aleitamento
Materno se estenda a farmácias de
todo o território nacional ao longo
dos próximos anos, estimando-se que
possa abranger mais de 40 farmácias
nacionais já em 2018.
O “Comércio” conversou com
Catarina Dias, Diretora Técnica da
Farmácia Bento Lino e proprietária do
Grupo 24 (a que pertencem as restantes
farmácias distinguidas) congratulase com a atribuição desta certificação
por parte da OMS e da UNICEF,
sublinhando que “é obrigação das
farmácias ser uma referência no que
diz respeito ao aleitamento materno,
disponibilizando um aconselhamento
técnico profissional nesta área e
respeitando sempre as normas da OMS
e da UNICEF”. “O nosso objectivo
é ajudar as mães a alimentar os seus
bebés com leite materno, durante
todo o tempo que o pretendam fazer”,
salienta a responsável, frisando que
“tanto a Farmácia Bento Lino, a
Farmácia Seixal e a Farmácia Godinho
disponibilizam diversos produtos e
serviços que têm como objetivo apoiar
as mães e bebés durante todo o período
de amamentação”.
De acordo com os dados da
Direção-Geral da Saúde, as taxas de
aleitamento materno em Portugal
estão ainda aquém do recomendado
pela OMS e pela UNICEF. No que
diz respeito a rankings, o nosso País
ocupa ainda uma das últimas posições
a nível europeu e mundial.
O Grupo 24 é composto por três
farmácias, Farmácia Bento Lino,
Farmácia Seixal e Farmácia Godinho,
que operam no Concelho do Seixal e
que se distinguem pela sua localização
estratégica e pelo seu período alargado
de funcionamento, estando abertas
24 horas por dia, 365 dias por ano.
O Grupo nasceu em 2009, com o
objetivo de reforçar de forma muito
significativa o Serviço Público ao nível
dos cuidados de Saúde no Concelho do
Seixal, colmatando as falhas no acesso
ao medicamento existentes nesta
região decorrentes das dificuldades de
fornecimento das restantes farmácias
do Concelho.
GASTRONOMIA
CSS | 20 de Outubro de 2017
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11
RECEITA:
DR
BACON A BRÁS
INGREDIENTES:
PREPARAÇÃO:
• Corte o bacon em pequenas tiras friteos uma frigideira grande ou wok, a lume
médio.
• Acrescente a batata frita palha e os ovos
já batidos. Mexa sem parar até os ovos
cozinharem e a batata amolecer, envolva
com a salsa.
• Sirva ainda quente
www.entrecolheradas.com
by Paula Bollinger
Publicidade
Porções: 6 porções
Duração: 20 minutos
Grau de Dificuldade: fácil
Ingredientes:
•
•
•
•
1 embalagem de bacon
5 ovos
200g de batata frita palha
salsa q.b.
ENTREVISTA
CSS | 20 de Outubro de 2017
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12
NÓS, MÚSICOS DE JAZZ
TEMOS DE SER COMO OS SUPER-HERÓIS
QUANDO ESTAMOS EM PALCO
Ricardo Toscano dispensa apresentações. É actualmente um dos melhores músicos
de Jazz de Portugal e tem apenas 24 anos, mais do que uma promessa, é já uma
certeza.Nascido e criado na cidade de Amora, o músico actuou ontem no SeixalJazz
Clube, palco que volta a pisar hoje e amanhã.
Quando é que começaste na música?
Comecei aos 8 anos a tocar clarinete na
banda filarmónica da Sociedade Filarmónica
Operária Amorense. E hoje olha, é isto! (risos)
Começaste aos 8 anos mas tiveste algum
avanço em casa…
Tive um avanço grande em casa. O meu pai
é músico e tenho uma família de músicos. A
minha mãe também tocou quando era mais
nova e depois, quando comecei a tocar na
banda ela voltou a tocar pela piada. Cresci a
ouvir Jazz, e a ouvir música por causa do meu pai.
O teu pai influenciou-te de alguma forma
a tocares algum instrumento?
Então não?! O facto de ele ser saxofonista
fez com que eu crescesse rodeado desses
instrumentos em casa. Mas eu ao início não
comecei a tocar saxofone porque era muito
grande e aos oito anos tocar saxofone não é
“evidente”, e então comecei no clarinete onde
até fiz um percurso mais ou menos engraçado.
Estava a pensar, acho que não podia ter sido
melhor, acho que comecei da maneira certa.
Achas que a evolução do clarinete para o
saxofone acaba por ser natural?
Acaba por ser natural porque cá dentro já
sabia que isso ia acabar por acontecer, não
me perguntes como mas eu já sabia. Eu
idolatrava o meu pai e aquilo que ele fazia
era aquilo que me fascinava “quero fazer isto,
quero fazer isto!” Só o ouvia a tocar saxofone.
Mas eu também sabia que o estilo de música
que eu ouvia, o estilo de música pelo qual
era mesmo apaixonado, faz mais sentido
com um saxofone. Não quer dizer que o
clarinete não possa entrar lá, claro que pode.
Foi uma transição, ou seja, se formos ver a
nível de percentagem, tocava 90% clarinete e
10% saxofone e hoje em dia é exactamente o
contrário. O processo de transição por acaso
foi muito engraçado, eu tocava todos os dias os
dois instrumentos, isto já foi mais tarde, mas
foi importante na mesma porque o clarinete
ensinou-me muitas coisas que eu acho que se
começasse no saxofone escapavam, ou então
tinha de fazer escola clássica, que é uma coisa
que não dá. Não há saxofonistas de Jazz que
soem mesmo a Jazz se tiverem feito escola
clássica, só conheço um e é espanhol, mas
digo clássico a sério. Mesmo assim ele soa a
Jazz, “parte a loiça toda”, mas consigo ver que
teve a escola clássica, é uma relação física com
o instrumento.
És um dos músicos mais conhecidos de
Jazz em Portugal, a tua base é filarmónica.
Achas que essa base ainda tem influência
na forma como tocas?
A filarmónica ajudou-me numa coisa,
ensinou-me a ler bem, a ler bem a música.
Acho que há coisas que aprendemos nas
filarmónicas que só se aprendem nas
filarmónicas. Por exemplo, quando somos
putos, 8 ou 9 anos, ou até mais novos,
ganhamos uma noção e uma preocupação
de estar a tocar com a malta à tua volta
que só se aprendem numa situação dessas.
Se começares no conservatório aos 8 ou 9
anos, só ias tocar com alguém algum tempo
depois, independentemente do teu nível. O
facto de estares a tocar com pessoas, e estares
preocupado com o facto de estares colado ou
não, e colado num bom sentido, ou seja, da
música soar uniforme, soar bem e afinado,
manter o tempo e isso tudo, isso é uma coisa
que só se aprende na filarmónica. Claro que
se aprendem em mais sítios, não é? Mas eu
acho que isso foi muito importante para mim
desde cedo, e a leitura, o convívio, a verdade
é que a filarmónica é acima de tudo um sítio
que faz com que os jovens queiram estar lá,
porque a malta diverte-se a tocar. Tu vais lá
para tocar mas também vais lá para estar com
a malta que é algo muito importante desde
cedo, porque a música e o convívio estão tudo
ligados, porque quando estou a tocar com os
meus amigos, estou a conviver ao mesmo
tempo com eles, estamos a tocar mas estamos
a conviver, estamos a trocar energias, é isso
que se faz numa filarmónica só que numa
escala diferente. Aliás, não é numa escala
diferente, é uma abordagem diferente mas
creio que o princípio é o mesmo.
Tens 24 anos. Tens um Quarteto, tens um
Trio, já tocaste com o Sexteto de Jazz de
Lisboa, tocaste constantemente n’O Bom,
o Mau e o Vilão, no Hot Club, também já
tiveste em Espanha e na Grécia. O que te
falta?
Falta muita coisa, falta muita coisa! Falta
andar em tour com a minha banda, falta o
meu primeiro disco sair, falta aprender a tocar
melhor, faltam muitos anos. Falta viajar mais,
tocar com outros músicos. Tenho conhecido
muitos músicos diferentes de outros países, e
de outras culturas jazzísticas de outros países.
Preciso de mudar-me para Nova Iorque, não
é ir lá, ir lá vou no final do mês, preciso de
mudar-me para lá.
Porquê?
Porque o género de música que eu gosto
e que eu quero fazer, está lá. É lá que vou
sair à noite e ver pessoas a tocar a música
que eu gosto e que me façam sentir mesmo
“apertado”, sentir assim “fogo, sou um cepo
perto destes gajos…”. E aqui não estou a
dizer que isso não aconteça. Não acontece
é no estilo de música que eu quero tocar. E
não desfazendo a nossa cena musical,temos
uma cena jazzística de um nível muito muito
alto, isso eu posso dizer. Trabalhei em muitos
sítios e posso dizer que estamos num nível
alto.
Essa constante necessidade de aprendizagem,
de adquirir novos conhecimentos, de
contactares com outras culturas jazzísticas,
achas que pode ser algo negativo para o teu
futuro musical…
Negativo? Como?
Ou seja, como queres sempre melhorar,
podes ficar eternamente insatisfeito, ou
achas que é exactamente o contrário, o
facto de quereres ser cada vez melhor,
achas que te vai levar a um patamar cada
vez mais alto?
Completamente! E ao mesmo tempo quando
quero explorar essas coisas todas, explorar
esses sítios e aprender, só faz com que me
conheça melhor a mim próprio e faz com
que não esteja preocupado em tocar mais
para agradar, para não ir nesse caminho fácil
de ficar na minha zona de conforto e essas
coisas todas. Isto que estou a dizer nem é
assim nada de especial, só acho é que nesta
fase em que estou, sou jovem, está tudo bem,
sei que toco bem, sei que a minha banda
é fixe, sei que tenho bastantes concertos,
toco com muita gente… Mas de repente,
vou por um disco em casa, no carro ou em
qualquer lado, um disco qualquer dum gajo
que eu adoro, e que eu tenho a noção da
distância que há entre mim e a pessoa que
eu estou a ouvir, uma distância que pode
ser hipotética ou não, mas a verdade é que
existe essa distância. Sobretudo nas fases da
vida, não é? Eu sou um jovem e essas pessoas
normalmente são mais velhas mas há uma
distância, há uma distância nem que seja de
procura ou de buscar espiritual ou artística,
que nos distancia, e então é isso que quero
fazer. Não quero chegar lá, a nível de igualar
ninguém, mas quero fazer o melhor que tiver
para fazer e eu sinto que estou mesmo no
início. É mesmo isso, não estou a falar para
vender a minha campanha.Nós, músicos
de jazz, temos de ser como os super-heróis
quando estamos em palco. Temos de lidar
com tudo o que está a acontecer ao mesmo
tempo. Mas, tal como todos os super-heróis,
não nos podemos esquecer da máscara,e é a
máscara que nos tapa o ego.
Há uns anos numa entrevista falaste de
que gostavas de tocar com RoyHaynes, um
dos dinossauros do Jazz. Vais para Nova
Iorque, gostavas de estar com ele?
Então não?! Claro! Dava-lhe um ano da
minha vida para passar um dia com ele.
O RoyHaynes. Há uma foto histórica do
RoyHaynes a tocar com o Charlie Parker,
com o Monk – ndr: TheloniousMonk - e com
o Mingus – ndr: Charles Mingus –. Essa foto
diz muita coisa. Ele é o único que ainda está
vivo. RoyHaynes também pelo seu estilo a
tocar, envelheceu muito bem a tocar, ou seja,
artisticamente, não foi pelo caminho fácil,
uma pessoa que sempre procurou, sempre
foi honesta a tocar, e tocou com o Coltrane–
ndr: John Coltrane – também, era o baterista
que substituía o Elvin – ndr: Elvin Jones
– quando o Elvin não podia no quarteto
do Coltrane. Essas coisas todas, o facto de
conseguir tocar vários estilos diferentes, a
maneira dele tocar, adaptava-se muito bem
às circunstâncias. Aqueles discos que eles têm
com o ChickCorea nos anos 60… é incrível!
É outra abordagem mas ao mesmo tempo é
uma grande violência, sei lá… É RoyHaynes.
Fugindo agora um pouco da música,
vamos falar de uma outra paixão tua que é
o desporto. Jogaste ténis de mesa e futebol
federado.Agora és praticante de boxe.
Como chegaste ao boxe?
Há um amigo meu que é trombonista e
é mestre de Taekwondo e então disse-me
“devias experimentar o boxe, vais adorar”. E
eu na altura disse para mim “a verdade é que
gostava de estar em forma” só que jogava à
bola uma vez ou duas por semana e isso não
dá com nada, porque o pessoal vai curtir com
os amigos e depois no fim bebe uns copos
(risos). É algo típico. Então fui experimentar
as aulas de boxe. Ao início, durante cerca de
um ano, só uma ou duas vezes por semana,
também não conseguia mais e os horários era
meio estranhos. De repente, esse treinador
de boxe abriu a sua própria academia, então
desde aí comecei a ir todos os dias, já dava para
fazer treinos praticamente a qualquer hora e
é para onde vou a seguir (risos). Desenvolvi
uma paixão muito grande pelo desporto,
adoro o desporto, adoro os princípios, adoro
o facto de ser algo super técnico, mesmo
super técnico e muito artística, e isso estimula
outras partes do meu cérebro. E também
faz com que esteja em contacto com o meu
corpo, estou na minha melhor forma física
de sempre, nunca me senti tão em harmonia
com o meu corpo como me sinto agora. É
um desporto espectacular, é bom para o ego.
Essa harmonia com o teu corpo reflecte-se
na música?
Eu acho que sim porque como tenho mais
domínio do meu corpo, consigo gravitar
melhor. Sinto isso, que o boxe me esteja a
tocar, tipo ritmo, cadência, sei lá. Por acaso
houve um baterista americano, que não me
disse a mim mas disse a um outro rapaz
que depois me disse a mim. Estava num
workshop e esse baterista era assistente e
disse assim “meu, aquele gajo toca como se
fosse um pugilista” e ele respondeu “mas ele
pratica” e o americano disse novamente “’tás
a ver? Eu sabia”. Este baterista tinha tocado
com o Miles e com o Shorter – n.d.r Miles
Davis e Wayne Shorter – e depois acabamos
por tocar juntos e foi alta cena (risos).
Voltando de novo à música. SeixalJazz
está a aproximar-se e vais tocar três dias,
desta vez não no palco principal, mas sim
no sítio que não diria mais mítico mas que
tem uma maior interacção com o público,
que é o SeixalJazz Clube na Mundet. O
que o público pode esperar?
Swing, muito swing. Vamos tocar standards,
com alguns arranjos, mas vai ser uma coisa
relaxada mas ao mesmo tempo não vou estar
a tocar a minha música original, o espírito do
Jazz vai estar presente em cada tema, em cada
nota. Acho que a circunstância pede isso, não
quero estar num clube de Jazz com coisas
muito complexas, vamos swingar e groovar
e os músicos com quem vou estar a tocar
são incríveis, são eles o Nelson Cascais no
contrabaixo que toda a gente conhece, e um
baterista sérvio que chegou há pouco tempo
a Portugal, o NemanjaDelic, um craque. E
é isso, vamos tocar straight ahead e vamos
partir aquilo tudo (risos).
João Domingues
AGENDA
CSS | 20 de Outubro de 2017
13
ESCREVO UM
VERSO NA ÁGUA
DESCOBRINDO A BEBETECA
É o mais recente titulo de Fernando
Fitas, jornalista e poeta natural de
campo Maior, cuja actividade poética
tem sido objecto de reconhecimento
não apenas em Portugal, onde aliás,
já conquistou vários prémios, mas
também além-fronteiras, como é
exemplo o Prémio de Poesia Cidade de
Ourense, Galiza.
A obra ora dada à estampa, versando
o tema dos naufrágios ocorridos no
Mediterrâneo, foi prefaciada por
Manuel Ambrósio Sanchez, professor
de literaturas latinas da Universidade
de Salamanca e ilustrado por Eduardo
Palaio. A apresentação do livro terá
lugar dia 21 de Outubro, sábado pelas
17 horas no restaurante “O Bispo” sito
na Praça da República, n.º 2 no Seixal.
SEIXALJAZZ 2017
O Pólo de Leitura da Quinta do Conde recebe no dia 24 de Outubro
às 15h30 a leitura do livro Tio Lobo, de Xosé Ballesteros.
O livro é um conto popular com tradição em alguns países europeus
e conta-nos trata-se de um texto politicamente incorrecto que introduz
os primeiros leitores no mundo dos contos de terror. Tio Lobo foi
seleccionado pela Internationale Jugend Bibliotek de Munique,
Alemanha, para a lista The White
Ravens como um dos melhores
livros publicados no mundo inteiro
em 2001 e a leitura é destinada a
pais e a crianças dos 6 aos 10 anos.
DR
ENCERRAMENTO DA 34.ª SEIXALÍADA
DR
O Pavilhão do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional, na
Aldeia de Paio Pires, recebe amanhã, 21 de Outubro, a festa de
encerramento da 34.ª Seixalíada.
Do programa constam a gala de Artes Marciais às 18 horas. Às
20 horas será o encerramento oficial com o momento protocolar, o
arrear da bandeira da Seixalíada e o apagar da pira. Para terminar a
festa, às 20h30, acontecerá a gala de Actividades Gímnicas.
A organização é da parte da Câmara Municipal do Seixal, das
juntas de freguesia, das escolas e do Movimento Associativo.
CINEMA EM SESIMBRA
DR
DR
Publicidade
Começou ontem o SeixalJazz 2017 com o concerto de Wolfgang
Muthspiel Quintet, mas ainda vai bem a tempo de assistir a mais concertos.
Hoje sobe ao palco o conjunto Slow Is Possible e amanhã será a vez
de Michaël Attias Quartet. Na próxima semana será a vez de subirem ao
palco João Barradas Quinteto, Dominique Pifarély Quartet e Lee Konitz
Quartet.
Pode ainda assistir no SeixalJazz Clube, na Mundet, às 23 horas, os
concertos de Ricardo Toscano Trio hoje e amanhã, e na próxima semana de
Volúpia das Cinzas e The Rite of Trio.
O Cineteatro Municipal João
Mota em Sesimbra recebe hoje às
21h30 a exibição do filme Borboleta
Negra, de Bryan Goodman.
Este thriller psicológico conta-nos
a história de Paul, um escritor em crise
de inspiração e que vive sozinho numa
velha casa de montanha. Deprimido
com uma recente separação, espera
usar isso a seu favor para terminar um
argumento para um filme que mudará
o rumo da sua vida.
Borboleta Negra conta nos papéis
principais com Antonio Banderas,
Piper Perabo e Antonio Banderas e os
bilhetes têm o valor de 3,5 euros.
DR
LAZER
CSS | 20 de Outubro de 2017
14
SOPA DE LETRAS
cinema
THOR: RAGNAROK
Consultas Personalizadas: 210 929 000
E-mail: [email protected]
Carneiro
21-03 a 19-04
20/10 a 27/10
Amor: As suas obrigações profissionais podem não
permitir estar tanto tempo com a pessoa amada por
isso aproveite. Viva alegre e otimista!
Saúde: Procure ter uma alimentação equilibrada.
Dinheiro: Poderão surgir novas perspetivas nesta
fase, mas não se deixe levar pelos impulsos.
Números da Semana: 8, 17, 11, 4, 2, 3
Touro
20-04 a 20-05
Amor: Seja mais carinhoso com o seu parceiro.
Procure sentimentos sólidos e duradouros.
Saúde: Opte por refeições ligeiras.
Dinheiro: Poderá realizar investimentos.
Números da Semana: 8, 10, 24, 30, 32, 43
Gémeos
21-05 a 20-06
Amor: Poderá ter de enfrentar uma forte discussão
com alguém da sua família.
Saúde: O cansaço poderá invadi-lo, tente relaxar.
Dinheiro: A sua conta bancária anda um pouco em
baixo, seja prudente nos gastos.
Números da Semana: 1, 16, 15, 24, 27, 31
Caranguejo
dr
Leão
SUDOKU
21-06 a 22-07
Amor: A sua vida afetiva poderá ganhar um novo
rumo. Dê tempo e acredite que é possível ser feliz.
Saúde: Cuide melhor da sua pele, está a necessitar
de uma limpeza facial.
Dinheiro: Sentir-se-á preparado para realizar os
projetos a que se propõe.
Números da Semana: 7, 8, 47, 41, 45, 3
Thor é preso do outro lado do universo, sem
o seu martelo poderoso e encontra-se numa
corrida contra o tempo para voltar a Asgard
e impedir Ragnarok - a destruição do seu
mundo e o fim da civilização Asgardiana -, que
se encontra nas mãos de uma nova e poderosa
ameaça, a implacável Hela. Mas, primeiro
precisa de sobreviver a uma luta mortal de
gladiadores, que o coloca contra um ex-aliado e
companheiro Vingador - Hulk.
Amor: O seu cansaço pode prejudicar a sua relação
amorosa. Procure estar calmo.
Saúde: Procure não andar tão atarefado.
Dinheiro: : Poderá ter problemas com a sua
entidade patronal. Seja audaz.
Números da Semana: 1, 8, 4, 10, 11, 6
Virgem
CHEGAR NOVO A VELHO,
de Manuel Pinto Coelho
23-08 a 22-09
Amor: Uma pessoa próxima de si poderá mostrar
uma faceta menos agradável. O seu bem-estar
depende da forma como encara os problemas.
Saúde: Poderá sentir dores musculares.
Dinheiro: Seja justo numa decisão que poderá ter
que tomar.
Números da Semana: 8, 1, 14, 11, 17, 22
Balança
literatura
23-07 a 22-08
23-09 a 22-10
Amor: Tente pensar um pouco na sua relação,
e reflita bem se esta o faz feliz. É tempo de
meditação. Ela é uma energia da alma. Explore-a!
Saúde: O stress e o excesso de trabalho poderão
trazer-lhe alguns problemas de saúde.
Dinheiro: Poderá haver um crescimento inesperado
do seu poder material.
Números da Semana: 2, 11, 14, 17, 27, 39
Escorpião
23-10 a 21-11
Amor: rejeite pensamentos pessimistas e derrotistas.
Pratique o pensamento positivo e as ações construtivas agora!
Saúde: Liberte-se da pressão do dia a dia.
Dinheiro: Apesar das divergências de opiniões no
seu ambiente de trabalho não desista.
Números da Semana: 10, 20, 30, 4, 5, 9
Sagitário
22-11 a 21-12
Amor: Um convite inesperado alegrará o seu dia.
Que os seus desejos se realizem!
Saúde: Mantenha o otimismo.
Dinheiro: Investigue as oportunidades de
emprego em empresas recentes.
Números da Semana: 16, 25, 33, 42, 50, 61
SOLUÇÃO
dr
Capricórnio
Manuel Pinto Coelho explica como
chegar novo a velho, como ter mais e melhor
saúde, mais e melhor longevidade, sem
recorrer a medicamentos. Um conjunto
de procedimentos baratos, simples e
de resultados surpreendentes que são
completamente ignorados por força do lobby
da indústria farmacêutica.
22-12 a 19-01
Amor: O convívio com a pessoa amada estará
favorecido nesta fase. Aproveite estes momentos.
Saúde: Fase estável, mas esteja sempre alerta.
Dinheiro: Os seus problemas poderão ser
resolvidos, embora com lentidão.
Números da Semana: 7, 10, 5, 22, 41, 1
Aquário
20-01 a 18-02
Amor: Que a luz da sua alma ilumine todos os que
você ama!
Saúde: Evite adotar posturas incorretas.
Dinheiro: É possível que não consiga cumprir um pagamento.
Números da Semana: 2, 19, 26, 34, 42, 54
Peixes
19-02 a 20-03
Amor: Sentirá necessidade de conhecer pessoas
diferentes. Viva o presente com confiança!
Saúde: Probabilidade de ocorrência de pequenos
acidentes domésticos.
Dinheiro: Altura de fazer contenção de despesas.
Números da Semana: 17, 23, 44, 13, 26, 1
DESPORTO
CSS | 20 de Outubro de 2017
15
CNLX vence Travessia
da Baía de Sesimbra
Realizou-se na primeira semana de Outubro
a Travessia da Baía de Sesimbra, prova
de notação que se realiza entra a Praia da
Califórnia e a Praia de Ouro, e que tem mais
de 60 anos de história.
O CNLX, Clube de Natação de Lisboa,
conquistou o primeiro lugar por clubes em
atletas federados. O clube de natação com
apenas 10 meses de existência rivalizou com
clubes com enorme historial, tendo ainda
conseguido excelentes prestações individuais
(por escalões), com o 1.º Lugar de Luís Rosa
e Catarina Ferreira, 2.º de Catarina Mestre e
3.º lugar de Caetana Silva. Nos não federados
também excelentes resultados com o nosso
único atleta Bernardo Salvador a dominar o
seu escalão na sua primeira competição.
De destacar ainda os 2.º e 3.º lugares em
absolutos de Catarina Mestre e Catarina
Ferreira (na fotografia) numa prova que
contou com cerca de 400 nadadores e mais
de 200 atletas federados.
Seixal Clube 1925
promove
evento
O Departamento de Futebol do Seixal Clube 1925 está a
organizar para o próximo dia 1 Novembro, um encontro/
jogo/convívio para todos os que tiveram a honra de representar
o clube, quer como treinadores, diretores ou atletas.
O convívio tem “o propósito avivar memórias, relembrar
momentos, partilhar emoções, enaltecer a alma Seixalense e
angariar fundos para o Gabinete Social da Academia Seixal
1925”. O evento tem início marcado para as 10 horas com
uma apresentação das novas instalações do Estádio do Bravo,
seguidos de um jogo de confraternização entre os presentes às
10h30 e de um almoço convívio às 12 horas. A festa culmina
da parte da tarde com um avivar de recordações e emoções
a assistir ao jogo dos seniores contra o Monte da Caparica
AC, jogo a contar para a 4.ª Jornada do Campeonato da 2.ª
Divisão Distrital de Setúbal.
Comecou a
2ª Divisão Distrital
Arrancou na semana passada o Campeonato
da 2.ª Divisão Distrital de Setúbal com várias
equipas dos concelhos do Seixal e Sesimbra.
A série A, o Seixal Clube 1925 entrou com o pé
esquerdo ao perder em casa com a equipa B do
CD Cova da Piedade por 0-6, numa partida em
que os seixalenses acabaram com 10 jogadores por
duplo amarelo de João Carreiro logo no início da
2.ª parte. O Paio Pires FC recebeu e venceu o ACR
Zambujalense por 1-0, com um golo marcado
por Ricky já no período de compensação. O GC
Corroios, também pertence à série A, folgou esta
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jornada.
Na próxima jornada, disputada já no Domingo, será o Seixal
Clube 1925 a folgar. O Paio
Pires FC visita o GD Pescadores da Costa de Caparica e o
ACR Zambujalense recebe o GC Corroios.
Na série B, entraram em campo as equipas do CCD Brejos
de Azeitão, que jogou fora frente ao GF Azul e Ouro e
venceu por 0-5 , e do AD Quinta do Conde que também
jogou fora frente ao CDR Águas de Moura e venceu por 1-2.
Na próxima jornada o CCD Brejos de Azeitão recebe o GD
Lagameças enquanto o AD Quinta do Conde recebe o GF
Azul e Ouro.
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CSS | 20 de Outubro de 2017
16
16
28 DE OUTUBRO
GANHE ATÉ
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