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Semanário | Quinta-Feira | 7 de Dezembro de 2017 | Ano XI | N.º 351

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Director: Fernando Borges

OS ANJOS DA TERRA

Entrevista CUSC.S

Prémio Artes

Banda da Armada

Aldeia Natal

O Presidente da CUSC.S, José
Lourenço, fala na situação de rutura em
que os Utentes de Saúde do Concelho
do Seixal se encontram.

Cinema São Vicente, na Aldeia de Paio
Pires, recebeu gala da Associação ARTES
– Associação Cultural do Seixal. Artista
Francisco Vaz foi o grande vencedor da
14.ª Edição do prémio.
Pág. 8

Banda da Armada regressou ao
município do Seixal. Concerto no átrio
da CMS teve como objectivo angariar
fundos para a construção da Unidade
de Saúde Continuados de Arrentela.
Págs. 2Pág.
e 39

Abertura da Aldeia Natal acontece hoje
a partir das 18 horas, o Núcleo Urbano
Antigo do Seixal recebe várias actividades até dia 23 de Dezembro.

Pág. 6
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Pág. 12

entrevista
2

“LONGE” – ANJOS
Celino Cunha Vieira

Quase nove anos depois, os Anjos lançam novo álbum de originais. O “Comércio” esteve à conversa
com Nelson e Sérgio Rosado para conhecer o novo trabalho e qual o balanço que fazem da sua carreira.

editorial
Discute-se muito em tertúlias de café
ou nas redes sociais o conceito de regimes democráticos ou ditatoriais, dando-se sempre como principais exemplos
para este último a Coreia do Norte ou
Cuba, nunca se falando noutros países
espalhados pelos cinco Continentes.
Portugal por exemplo, que é considerado um país com um sistema pluripartidário e democrático, é gerido por um
governo de um partido que até perdeu
as eleições, mas que por artimanhas
de bastidores e cedências ideológicas
chegou ao poder com o apoio de uma
maioria parlamentar. E se calhar é por
estas e por outras, confiando que tem
“as costas quentes” é que se esqueceu de
incluir no Orçamento do Estado para o
próximo ano a despesa para a prometida construção do Hospital do Seixal.
Isto não é nada a que não estejamos
há muito habituados, porque o que se
diz hoje amanhã pode já não valer, tal
como a passagem do Infarmed para o
Porto que parece já não vai acontecer
ou o acordo com o BE que passados
dois dias foi dado o dito pelo não dito.
Estas trapalhadas passaram a ser tão
normais que poucos comentam e é
tudo muito democrático.
Espanta até que não existam manifestações de apoio ao actual governo
por parte dos pensionistas que foram
bafejados com 7 ou 8 euros de aumento
na sua imensa reforma de duzentos e
tal euros mensais. Democraticamente
são uns injustos porque não reconhecem que isso é melhor que nada e devem dar-se por muito satisfeitos.
E se formos aqui para o país vizinho, podemos avaliar a situação democrática no que se refere à Catalunha, assim como para outras regiões
autónomas, existindo fortes divisões
internas e um governo que não tendo
maioria absoluta, é obrigado a fazer
cedências a outros partidos.
Naquilo que se diz ser o bastião
da democracia, os Estados Unidos da
América, o presidente não é aquele
que obteve mais votos, mas sim o que
através de um sistema dito democrático, conseguiu a maioria dos delegados
no colégio eleitoral.
Numa grande parte dos países Árabes nem sequer existem eleições e pouco ou nada se fala disso porque a imposição da democracia é só para alguns
e não para todos, principalmente se a
democracia assentar no poder do petróleo ou em outros interesses onde impera o poder dos euros ou dos dólares.
Aprendamos a respeitar a autonomia de cada país e preocupemo-nos
mais com aquilo que se passa no nosso,
pois existem situações bastante graves, próprias de sistemas totalitários,
que escudadas em Leis muitas vezes
sem qualquer sentido de justiça, passam por democráticas.

Diretor: Fernando Borges - CP1608
Registo do título: 125282
Depósito Legal: N.º 267646/07
Contribuinte N.º 194 065 499
Propriedade e Editor: Ângela Rosa

Teem um álbum novo de originais,
não lançavam um há quase nove anos.
Neste tempo lançaram um álbum acústico, dois singles que estão no novo
álbum. Porquê esta paragem?
Nelson Rosado (NR): Nós entendemos que não foi algo forçado ou premeditado, foi algo natural. Tal e qual como é
natural a gestão, ou como tem sido a gestão da nossa carreira. Ou seja, as pessoas
têm de compreender, e eu sei que o pessoal que gosta muito de nós, quer ter sempre
notícias nossas, mas às vezes é preciso dar
espaço, nós também precisamos de respirar
um pouco, de pensar noutros projectos. Por
exemplo, tivemos um álbum que era um
projecto que nós queríamos fazer, e era um
projecto que devia respirar por ele próprio,
que foi o álbum acústico, e o álbum acústico fez com que andássemos na estrada cerca
de dois anos com uma tournée acústica. As
tournées acústicas são, como tu sabes, tournées que não estão tão à vista da ribalta ou
dos média, porque são coisas mais específicas, são auditórios, são teatros. Fizemos
coisas muito giras por esse país fora, com
salas sempre esgotadas, foi extraordinário.
Em que o auge desse trabalho foi o concerto
que demos no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, que esgotou em dois
dias, foi uma noite extraordinária, foi dos
melhores espectáculos que já demos, curiosamente em acústico. Depois de termos
feito isso, esse processo do acústico, nós já
andávamos há alguns anos a pensar o que
íamos fazer de novo. Tínhamos a intenção
de fazer algo novo. As pessoas têm de perceber uma coisa, nós temos muitos anos de
carreira, é um facto, mas nós começámos
muito novos, não quer dizer que já estejamos naquela de “vamos arrumar as botas,
vamos viver dos rendimentos, se é que dá
para viver dos rendimentos”, algo que não
dá! Ainda por cima workaholics como nós
somos, nós não paramos, nunca paramos
(risos). E para vos dizer que quisemos depois
regressar, e estava a falar da questão da idade e tudo mais, nós estamos naquela fase
em que continuamos a sentir aquela motivação e aquela energia de querer fazer mais
e melhor e isso é importantíssimo. Ou seja,
a cena de tu estagnares e dizeres “o meu som
é este e é com este som que vamos ficar, não
saímos daqui para lado nenhum” é errado,
nós quando começámos ouvia-se um tipo
de música Pop, as nossas referências são

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Pop, depois andámos a deambular muito
pelo Pop/Rock, uma vertente mais Rock e
o pessoal gosta disso ao vivo e lentamente
começámos a caminhar para aquilo que
hoje se faz. Nós não nos podemos esquecer que este Pop mais electrónico que se faz
agora, com loops, baixos electrónicas, muita
coisa feita em máquina, nós já o fizemos no
primeiro disco dos Anjos! O “Perdoa” era
o quê? O “Perdoa” era uma música Pop/
Dance. E agora curiosamente isto é cíclico e está a voltar ao mesmo, e nós é quase
como que voltar ao ponto de partida, é giro!
Só que temos de o fazer bem feito, daí esta
espera. Tivemos a idealizar este álbum nos
últimos dois anos e meio, dois ou três anos.
Depois começaram a fazer-se as canções,
a pensar quem é que iríamos convidar, e o
Sérgio já vai falar disso, das parcerias que
temos aqui que são os condimentos e dão
um sabor especial ao disco, e estão lá bem
presentes. Porque este regresso sabíamos
que tínhamos de o fazer em grande, tinha
de ser um regresso muito vincado, e vou ser
sincero contigo, não esperávamos que fosse
tão rápido, pensámos tipo “ok, vamos trabalhar bastante para chegar ali a três semanas do Natal e a coisa estar a explodir” mas
tudo antecipou e estamos cá para receber
estas coisas boas naturalmente, que venham
elas, mas basicamente, e respondendo à tua
pergunta em concreto, estes tais oito anos e
meio ou nove anos, foi o tempo necessário
para agora, e em vésperas que fazermos 20
anos de projecto Anjos, fazermos um álbum
de originais que seja uma boa alavancagem
para aquilo que serão os próximos 20, digo
eu.
Falaste dos convidados a participar
no álbum. Quem é que convidaram
para participar?
Sérgio Rosado (SR): Um pouco à imagem do que o Nélson estava a dizer, nós
tentámos sempre actualizar o nosso som de
acordo com aquilo que se ia atravessando
a nível de tendências musicais, não só em
Portugal mas também lá fora. E sempre
demos oportunidade de jovens talentos tra-

Diretor Adjunto: Celino Cunha Vieira TE1218
Diretora Comercial: Ângela Rosa
Paginação: Sofia Rosa
Repórter: Fernando Soares Reis CP6261
Colaboradores: Adriana Marçal, Agostinho António Cunha, Alvaro
Giesta, Dário Codinha, Fernando Fitas CP2760, João Araújo, João
Domingues CO1693, José Carvalho, José Henriques, José Lourenço,
José Mantas, José Sarmento, Jorge Neves, Maria Vitória Afonso,
Maria Susana Mexia, Mário Barradas, Miguel Boieiro, Paulo

balharem connosco. Também na altura nós,
que nascemos numa geração nova da música em Portugal, e sentimos que também nós
temos que dar o mesmo exemplo ou as mesmas oportunidades a pessoas que não conseguiam mostrar o seu trabalho. Sejam eles
letrista, compositores musicais, na altura
já na parte da Eletrónica já haviam muitos
miúdos a tentar utilizar samples e etc… Esse
era um desafio muito interessante e foi aquilo
que quisemos trazer agora, continuar a trabalhar com gente jovem, trazer sangue novo
para o nosso projecto. Talvez como temos
vindo a dizer e outros colegas também que
temos, este talvez tenha sido o maior desafio da nossa carreira, e isto porquê, estamos
quase a fazer 20 anos de carreira, trazer algo
de novo para o nosso trabalho podia ser um
risco. Neste caso foi um risco que podemos
dizer que foi calculado, mas de certa forma
queríamos sem dúvida surpreender o nosso público. Surpreendê-los no sentido de
trazer algo novo, com um som novo, mas
mantendo sempre a nossa identidade, aquilo que nos sempre ligou ao nosso público.
Há uma coisa interessante que é, de alguma
forma surpreendemos o nosso público que
nos acompanhou até agora e conseguimos
cativar um público mais jovem que nos tem
acompanhado nos concertos. Foi um bocado aquele switch que ligou este ano para nós
decidirmos assim “ok, vamos fazer isto”, e
nos concertos temos vindo a assistir a um
público jovem que vais aos concertos e canta
as músicas e que na realidade não é o público-alvo. Quer dizer, o público-alvo nem nós
sabemos qual é, nem ninguém sabe. Há um
target que sempre nos acompanhou, que é
a malta dos 30 e tal, e é interessante que
não se desligaram por completo, mas face
à vida das pessoas, não lhes permite acompanhar os concertos como acompanhavam, mas nunca se afastaram na realidade,
e isso é muito interessante. É importante
sabermos que o público está atento, super
exigente, cada vez mais exigente, porque
isto das redes sociais e da internet tem
muito que se lhe diga. Na internet dizem

Nascimento, Paulo Silva, Pinhal Dias, Rúben Lopes, Rui Hélder
Feio, Vitor Sarmento.
Impressão: Funchalense - Empresa Gráfica, S.A.
Tiragem: 15.000 exemplares
O «Comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsabilizado
pelos artigos assinados pelos colaboradores. Todo o conteúdo dos
mesmos é da inteira responsabilidade dos respectivos autores.

CSS | 7 de Dezembro de 2017

3

“com a internet e com as novas tecnologias
deixaram de vender muita música em formato físico” e é verdade. Na realidade estas
novas tecnologias permitem que os artistas
que querem mostrar o seu trabalho tenham
mais plataformas como o Facebook e o Instagram. Chegam muito rápido ao público,
querem mostrar o seu trabalho, e isto para
os agentes é espectacular, porque facilita-lhes o trabalho (risos). E quando digo que é
um público cada vez mais exigente, é nesse
sentido. Têm um acesso à informação tão
grande, que cada vez mais o gosto musical é
refinado, e isso é muito bom.
O álbum “Longe” é lançado no final
de Outubro, mais concretamente no
dia 27. Cerca de semana e meia depois
chegaram ao Top Nacional de vendas,
onde estavam também o Camané e
a Sara Tavares, três pesos pesados. É
uma sensação de dever cumprido?
NR: Eu há pouco dizia que nós não estávamos à espera que tivesse sido tão rápido,
e muito menos chegar logo na primeira
semana de vendas ao primeiro lugar no Top
de vendas. São três pesos pesados, ou pelo
menos eles é que são dois pesos pesados e
nós é que nos viemos aqui intrometer. E…
Uau! É uma grande prenda de Natal. E nós
percebemos que havia muita vontade no
mercado de ouvir coisas novas. Pela primeira vez estas nove canções vão entrar para o
novo alinhamento já no concerto do próximo ano. São grandes músicas, são grandes
temas. Percebemos isso na apresentação
que fizemos em Lisboa, no Lisboa Ao Vivo,
fizemos a apresentação do álbum com uma
semana de temas.
SR: Sim, a única música que nós tínhamos dúvidas era o single, que tinha mais ou
menos um mês, agora o disco todo tinha
uma semana de vendas, tinha feito uma
semana e meia de vendas.
NR: Foi extraordinário perceber o
impacto que aquilo teve. Não é modéstia
da nossa parte, é mesmo sinceridade. Nós
já passámos por isto algumas vezes nestes
19 anos, mas antigamente as coisas demoravam mais tempo, não era tão rápido. Percebias que tinham um grande projecto, tinhas
um grande trabalho, as coisas tinham estrutura, que tava porreiro e que ia acontecer.
Mas, não era logo imediato, se calhar ao fim
de cinco ou seis meses é que a coisa se dava
“ok, já percebi, agora é que isto vai começar
a bombar”. E agora não, é tudo muito mais
imediato. E os nossos receios aqui são que
até mesmo durante o tempo de validade do
sucesso, o que no nosso caso é um bocado
“irrelevante” porque a banda já tem nome
no mercado e já tem percurso, mas isto
assusta os novos projectos. Tanto de repente
tão com um sucesso brutal e a seguir desaparecem. O nosso caso não é bem esse, o
nosso caso é quase como aditivo, porque
isto acaba por ser um aditivo para aquilo
que nós queremos fazer a seguir que o Sérgio
já falou: preparam-se os 20 anos, prepara-se
a tournée do próximo ano que é do “Longe”, baseado no CD, daí que as nove novas
músicas entram no alinhamento. E pelo
sucesso que o álbum está a ter, e então num
tão curto espaço de tempo. É um álbum que
ainda tem muito para crescer em termos de
vendas, até porque vem aí o Natal, nós a
única coisa que dizemos é que é uma excelente prenda de Natal (risos) para aqueles e
aquelas que há muitos anos não têm novidades nossas, que se calhar há algum tempo
não sabiam o que andámos a fazer. E nós
andámos sempre a tocar, e bem!, felizmente.
É uma excelente prenda que podem dar no
Natal. O álbum veio numa altura porreira,
nós inclusivamente já há muito tempo que
não lançávamos um álbum por altura do
Natal, não é Sérgio?
SR: Sim, era sempre antes do Verão. E
é engraçado que hoje em dias não… Antigamente tinhas os timings pré-definidos
para lançar o disco e agora não há assim

uma regra específica para
que possas lançar o disco
ou o tipo de música que é
para lançar e isto é surreal.
E para que as pessoas percebam, e isso é interessante, já
estamos a pensar qual será
o segundo single. Estamos
aqui a pensar mas depende
até quando é que esta música
vai trabalhar. Temos de pensar que cada música tem um
tempo, não podemos deixar
que a música quebre muito
e então aí lanças o segundo
single. Não sabes se é perto
do Verão, se não é perto do
Verão. E é interessante saber
que este disco lançado perto
do Natal, curiosamente há
muitos trabalhos que estão
a ser lançados agora, mas é
incrível que este nosso trabalho foi uma questão de
“tinha que ser”. Sabes que
obviamente que tens de ter
tudo estruturado mas tudo
evoluiu de uma forma natural. Então pensámos que as
coisas tinham de acontecer
nesta altura, não há volta a dar. E aconteceu
felizmente. Estão a acontecer coisas muito
bonitas em relação ao disco, em relação ao
novo single. Soubemos há pouco tempo que
o single vai entrar na nova novela da TVI e
vai estar associada a uma personagem.
Portanto a partir daí já sabem que a
música vai ter uma longevidade maior.
NR: Exacto! O que é porreiro, é óptimo.
Nós estamos muito felizes com o que está
a acontecer. Mais ansiosos agora por saber
como é que vamos montar o espectáculo do
ano que vem, porque sabemos que vamos
rodar muito. Vamos regressar a lugares que
não vamos há muito tempo, o que vai ser
interessante.
Como por exemplo?
NR: Olha, por estranho que pareça, nós
temos feito coisas no Algarve mas coisas
mais intimistas. E vamos voltar aos grandes
festivais no Algarve com toda a certeza. No
Norte também estivemos afastados durante
os últimos cinco ou seis anos dos grandes
festivais que aconteciam. E vamos regressar,
com toda a certeza, a lugares como Viseu,
Cantanhede e por aí fora. Há lugares que sei
que muito provavelmente vamos regressar
porque há coisas novas e nós sentimentos
verdadeiramente que o pessoal tinha saudades de ouvir coisas novas da nossa parte.
Nós nunca saímos de cena, é importante
dizer. O álbum chama-se “Longe” mas existe uma razão para tal. Nós nunca estivemos
longe, nós viemos de longe, o nosso percurso vem de longe e queremos que ainda vá
mais longe. E é por isso que este álbum se
chama “Longe”, viemos de longe a preparar
isto.
SR: E é uma forma de dizer às pessoas
que nós estamos cá e parar ficar. É interessante ver a reacção das pessoas, e isso já foi
conseguido, que é comunicar ao público
que temos um trabalho novo. Os Anjos voltaram com um trabalho novo de originais e
isso era aquilo que nós queríamos passar cá
para fora. Porque as pessoas perguntam-se
“porque é que tiveram tanto tempo afastados, já acabaram?”. Não, nós nunca terminámos, sempre tivemos cá a trabalhar, a
fazer concertos, sempre fomos uma banda
muito de performance.
NR: E fizemos grandes concertos este
ano. Por exemplo, aqui no concelho tivemos
nas Festas de S. Pedro no Seixal. Foi top,
apesar da noite fria, lembro-me muito bem
que até me constipei (risos). Depois abrimos
a Feira de Santiago, em Setúbal. Nós estamos cá, sempre estivemos cá, os nossos concertos sempre tiveram público, esta política
de termos lançado as tais três canções antes

foi excelente. Foi importante para nós até
percebermos como é que o público ia aceitar
as coisas novas. Mandámos uma no cravo
e outra na ferradura com o caso de convidarmos os Karetus para fazerem um arranjo
novo da música “Dava Tudo P’ra Te Ter”,
ficou brutal, também contou com a participação do Kilate, com o rap. Ficou muito
giro, e depois aquela balada do “Espero Por
Ti” dispensa comentários. E portanto as
coisas encaminharam-se para isto que está
a acontecer agora, foi top.
Para também manterem a interacção
com o público e terem feedback.
SR: Isso, sem dúvida. Acho que é inevitável hoje em dia se não tiveres, aliás, até
acho que foi uma das maiores dificuldades
que tivemos em relação à nossa carreira foi o
acompanhar e o adaptar as estratégias digitais. Porque lá está, não tínhamos na altura.
Temos muita gente a trabalhar mas consideramo-nos como uma família, já estamos
juntos há muitos anos. E aqui sentimos que
tínhamos que acompanhar muito estas tendências digitais. Temos empresas fantásticas
a trabalhar connosco neste sentido. Isso é
importantíssimo. É malta que está sempre
atenta: “coloquem um vídeo assim”, “esta
foto funcionou, temos de tirar mais fotos
deste género”, a horas específicas. Hoje em
dia nós temos muitos fãs, temos muita gente
que nos segue que estão lá fora, e a única
forma de se manterem actualizadas e estarem connosco é através das redes sociais. Tu
sentes isso perfeitamente, se não tiveres uma
presença activa e dinâmica no mundo digital, já foste.
Vejo-vos extremamente empolgados com o feedback que o álbum está a
ter, com a preparação dos espectáculos
para o próximo ano. Vão tentar transmitir claramente essa energia para o
público. Como conseguem controlá-la
até esse momento?
NR: Aí vem também uma coisa muito
importante que já aqui falei, no meio das
outras respostas. Que é a experiência de já
termos passado por isto, e isso é que é giro.
Nós tivemos três grandes picos na nossa carreira, picos de grande sucesso. O primeiro
foi o “Ficarei”, “Perdoa”, “Quero Voltar”,
depois o “Nesta Noite Branca”, que veio no
seguimento também. Outro grande pico da
nossa carreira foi quando lançamos a música que era o “Quando Fores Grande”, que
estava ligado à Swatch, lembras-te disso,
não é? Essa canção foi fortíssima. E eu até
englobo isso tudo num pico, que durou não
sei quantos anos. Esse foi o primeiro grande
pico. O segundo grande pico dá-se quan-

do fazemos o “Olhar Por Uma Só Vez”,
em que gravámos aquele célebre DVD em
Corroios em 2002, e assinalámos o facto de
sermos a primeira banda portuguesa a gravar um concerto em DVD. Isso foi muito
importante. Ou seja, nós fomos os primeiros a preparar uma estrutura para gravar o
concerto em DVD, com DolbySurround e
outras coisas mais.
SR: Chegaram a fazer mas atenção,
foram concertos que foram gravados em
VHS e depois passaram para DVD.
NR: Nós tivemos este tête-à-tête com
um nosso amigo que foi manager dos Silence 4. Os Silence 4 fizeram isso no Garage,
ou seja, ele gravaram um concerto no Garage, uma coisa mais pequena e intimista, e
gravaram para editar em cassete VHS. Só
que fizeram cerca de um mês antes de nós,
transformaram aquilo em estúdio, já na
pós-produção, editaram aquilo em DVD, e
nós não. Nós foi “queremos gravar o concerto em DVD, vamos alugar os meios para
esse efeito”, que são completamente diferentes. Estamos a falar de uma diferença de
custo muito relevante, e depois em termos
de imagem e de som nem tem comparação.
Nós fomos a primeira banda a ser galardoada por termos atingido o DVD de Platina.
Esse foi o nosso segundo pico. O terceiro
dá-se com o álbum da “Vingança”, que dispensa comentários. Ainda está muito presente, muito forte. E se vamos ter outro pico
ou não, este “Longe” começa a soar a isso.
Para isso tem de haver mais dois singles.
SR: Respondendo um pouquinho mais
à tua pergunta, tu nunca consegues controlar as emoções e nós sempre fomos bastante
emotivos naquilo que fazemos. Mesmo nesta questão, e já falámos sobre isto, quando
partimos para a parte da promoção musical do novo disco, acordava todos os dias
motivado, eu e o Nélson, como se fosse a
primeira vez. E a malta a pensar “tantas coisas que vocês já fizeram e ainda encontram
motivação para isso?”, claro que sim! Quando isso não acontecer é porque alguma coisa está errada, já não temos alegria naquilo
que fazemos. Explicar esta ansiedade toda é
que realmente se calhar foi muito tempo, foi
uma pausa muito grande, e vê-se perfeitamente que as pessoas estavam ansiosas para
receber alguma coisa nova dos Anjos e isso
deixa-nos bastante contentes e motivados
para o que aí vem. E para deixar descansada
a malta, até 2020 nós já temos projectos na
cabeça, não vamos parar (risos).
João Domingues

sociedade

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4

Histórias Associativas (27)*

o vozeiro

Rui Hélder Feio

“a Arrentela era uma família
e a Sociedade a sua casa”

res, que imediatamente começaram a
contestar a referida cedência, no que
foram apoiadas por diversos homens que
também não acharam graça aos preparos
em que os rapazes, de vez em quando, se
punham.
Ante o notório clima de descontentamento reinante entre os sócios, a direcção
viu-se obrigada a proibir a malta da bola
de ali se vestir, decisão que fez estalar um
conflito entre as duas agremiações e o
consequente corte de relações, mais tarde
ultrapassado com o bom senso que faltou aos rapazes, mas que as circunstâncias exigiram. Tanto mais, que não fazia
sentido a duas colectividades da terra permanecerem de costas voltadas.” Acentua
João Costa.

O RUÍDO DOS VIZINHOS
Infelizmente muitas pessoas parecem
não se incomodar com o incómodo que
infligem aos seus vizinhos e com grande facilidade organizam festas fora de
horas, fazem obras ruidosas durante os
fins-de-semana, ligam a varinha mágica
às duas ou três da madrugada, etc.
Este tipo de queixas são mais comuns
do que possa pensar. Para atuar corretamente é necessário saber até que horas se
pode fazer barulho.
Se tem um vizinho despreocupado
com o barulho por si gerado, talvez consiga demove-lo dessa prática com uma
simples e franca conversa para a resolução do problema.
Mas, se já tentou esta via e não obteve
resultado, tem sempre direito ao recurso
da legislação e do seu direito ao descanso, consagrado pelo Regulamento Geral
do Silêncio.
Saiba agora até que horas se pode fazer barulho e como deve atuar neste tipo
de casos.
A lei protege o seu direito ao silêncio
e ao descanso entre as 23h00 e as 07h00.
De acordo com a legislação, quem não
cumprir com o horário estabelecido pode
ser multado entre os 200 e os 2000 Euros.
No caso do vizinho ruidoso, chame as
autoridades policiais. Estas irão fixar
um prazo para que termine o ruído.
As autoridades têm de participar a
ocorrência à Câmara Municipal, para
que esta determine se as multas possam
ser aplicadas.
No caso de obras no prédio, é proibido
fazer barulho entre as 20h00 e as 08h00
dos dias de semana e aos sábados, domingos e feriados. Além do mais, a duração
prevista das obras também deve ser afixada no prédio, assim como o período
previsto de ocorrência do ruído.
No entanto, a lei permite a realização
de obras fora dos horários fixados, nomeadamente nos casos urgentes e que coloquem em risco a vida dos condóminos.
As muitas previstas para ruído proveniente de obras difere consoante sejam
pessoas Singulares (Entre 200 euros e os
2000 euros) ou Pessoas Coletivas (Entre
os 3000 euros e os 22.500 euros).
Se o barulho vem de fora, por exemplo
de uma qualquer festa popular, Mesmo
assim, os residentes estão protegidos pela
lei. A Câmara Municipal tem de ter emitido uma licença especial que autorize o
ruído dessa festa. Nesses casos, o cidadão
pode chamar a polícia que irá verificar
se a festa possui a devida autorização.
Nestes casos, as multas podem ir dos
3000 euros aos 22.500 euros.
Não se esqueça que todos têm o direito
ao descanso, faça valer os seus direitos.
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Envie a sua questão para [email protected]
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RUA QUINTA DA PRATA, 6
TORRE DA MARINHA, 2840-614 SEIXAL

Fernando
Fitas

Natural de Arrentela, João Costa, 81
anos, é um dos homens mais conhecidos
e respeitados entre os habitantes do antigo núcleo populacional desta localidade,
onde, aliás, instalou a sua própria oficina
tipográfica, para exercer a arte aprendida
em criança nas Oficinas de S. José, em
Lisboa, instituição na qual foi educado.
Entusiasta do movimento associativo e
dos ideais de fraternidade que o caracterizam, não espanta, por isso, que desde os
14 anos seja sócio das duas mais velhas
colectividades da terra, com especial saliência para a União Arrentelense, cuja vida
tem acompanhado a par e passo, situação
que lhe confere o estatuto de testemunha
atenta ao seu percurso.
Apesar de não haver seguido o mesmo
caminho que a maioria dos rapazes da sua
criação, por mor de possuir uma dentição
que não se ajustava aos instrumentos de
palheta, João Costa, diz, no entanto, que
tal não o impedia de participar na vida da
agremiação, “até porque,” sublinha, “nesse tempo, havia um grande bairrismo em
torno da terra. E a sociedade, acabava, no
fundo, por representar a expressão pública dessa afeição.”
O rompimento de relações
entre a Sociedade e o Arrentela
Naturalmente, que quando tais sentimentos se exacerbavam, abriam as portas

ao aparecimento da vaidade e da rivalidade. Estes ímpetos, sempre que não eram
contidos, extravasavam os limites do
razoável e tornavam-se perniciosos, conduzindo algumas vezes ao rompimento de
relações entre congéneres.
“ Isso mesmo aconteceu,” Conta João
Costa, “ com as duas colectividades de
Arrentela, não obstante parte significativa
dos associados pertencer a ambas. Contudo, as razões que estiveram na génese
desse desentendimento fundaram-se unicamente em aspectos que se prendiam
com conceitos da moral vigente e não em
qualquer outro tipo de questões.
Tudo resultou,” adianta, “do facto de
o Clube de Futebol não dispor de condições e haver solicitado à SFUA que
permitisse aos jogadores a utilização das
suas
instalações
para se equipar. Já
se vê, tratando-se
de rapaziada nova,
alguns começaram
logo a fazer coisas
do arco-da-velha,
pondo-se
quase
nus dentro da sociedade.
Ora, tais comportamentos causaram um evidente
mau estar, sobretudo, entre as mulhe-

ROSTOS DO SEIXAL
Manuel Maria Baltazar (1927 - 1992)

Natural da Lourinhã, o Capitão-Tenente da Armada Portuguesa Manuel
Maria Baltazar veio a integrar, aos dezasseis anos, a banda sinfónica da Guarda
Nacional Republicana, concorrendo mais
tarde à Banda da Marinha Portuguesa.
Enquanto maestro da banda da Sociedade Filarmónica União Seixalense,
dirigiu-a no disco que comemorou o centenário da coletividade, a 1 de junho de
1971, onde ficaram registadas as marchas
Regresso de um Fuzileiro, Rio Sousa, Luís de
Camões e Rio Lima, sendo um importante
marco histórico, não só para a União Seixalense, mas também para o país, sendo
poucas as filarmónicas a gravarem o seu
repertório no século passado.
Foi nomeado maestro da Banda da

Actor amador num dos grupos cénicos
da União Arrentelense, João Costa, destaca o talento de Abrilete, uma moça que
vivia na Torre da Marinha e que considera uma actriz de grandes recursos, para
o seu tempo. “ Uma verdadeira profissional.” Realça.
“Aqui se representou ‘A Recompensa’,
entre outras peças, bem como algumas
revistas, escritas pelos próprios elementos
do grupo,” recorda. “Estamos a falar de
uma época em que o teatro desempenhava um papel deveras importante, tanto na
ocupação dos tempos livres das pessoas,
como na sua formação cultural. Ainda
não havia rádio e muito menos televisão.
* Excertos de “Histórias AssociativasMemórias da Nossa Memória – 1º Volume
As Filarmónicas”.
Edição Câmara Municipal do Seixal. - 2001

Marinha Portuguesa entre 1976 e 1982,
sendo ainda autor de várias composições e
arranjos musicais, entre as quais a marcha
militar Botão de Âncora.
Foi ainda maestro da Banda da Lourinhã, contribuindo de forma determinante na evolução das bandas filarmónicas na
mudança de regime político em 1974.
Foi homenageado pela Associação
Musical e Artística Lourinhanense, da
qual foi fundador, atribuindo o nome de
Manuel Maria Baltazar ao seu auditório.
A Câmara Municipal da Lourinhã
decidiu, após o seu falecimento, atribuir
o seu nome a uma das avenidas da sede
do concelho.

Mário Barradas

sociedade

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juntos pelo hospital do seixal
Utentes da Saúde dos Concelhos do Seixal e Sesimbra manifestaram-se frente à residência do 1º Ministro
Para os manifestantes, os atrasos que
têm caracterizado o início da obra não são
compagináveis com um estado democrático e transparente, revelando uma clara
intenção por parte dos decisores políticos de pretenderem enganar os cidadãos,
desrespeitando, desse modo, uma decisão
tomada pela Assembleia da República em
2015, com o voto favorável da força política que nos últimos dois anos dirige os
destinos do país.
Segundo a referida comissão de utentes, “é urgente o início da construção do
aludido equipamento, ante a situação
de rotura que, há muito, se observa no
Hospital Garcia de Orta, em resultado
de ter sido projectado para cerca de 150
mil habitantes, mas estando actualmente
a servir 450 mil pessoas, o que coloca em
causa a prestação dos respectivos cuidados médicos”.

Os constantes protelamentos à construção do Hospital do Seixal e a ausência de
qualquer rubrica tendente à concretização
deste equipamento no Orçamento Geral
de Estado para 2018, levou uma centena
de utentes da saúde dos Concelhos do
Seixal e Sesimbra a manifestarem-se frente à residência oficial do 1º ministro.
Publicidade

O protesto realizado na manhã de 27
de Novembro, por iniciativa da comissão
de utentes dos serviços de saúde do Seixal,
integrou uma comitiva sesimbrense, que
contou com a presença de Vítor Antunes,
presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde e Felícia Costa, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra.

No decurso da manifestação uma delegação foi Recebida por um assessor de
António Costa, a quem entregou uma
exposição sobre os sucessivos recuos que
têm caracterizado este dossier, exigindo
a intervenção do chefe do Governo neste
processo, em ordem a evitar mais prejuízos
para as populações dos referidos concelhos.

entrevista

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UTENTES DA SAÚDE DO CONCELHO DO SEIXAL
VOLTAM AOS PROTESTOS
Nas últimas semanas, a luta por melhores cuidados de saúde no concelho do Seixal intensificou-se. A diminuição da capacidade
de resposta da UCSP de Corroios e o atraso no lançamento do concurso para o novo centro de saúde em Santa Marta do Pinhal;
cativações e a ausência de inscrição de verbas para o Hospital do Seixal no Orçamento de Estado de 2018 estão na origem dos
protestos da população utente dos serviços públicos de saúde.

No dia 22 de novembro foi feita uma
vigília junto ao Centro de Saúde de Corroios
e, a 27, uma concentração à porta da residência oficial do Primeiro-Ministro em
S. Bento. A liderar estas lutas está a Comissão de Utentes da Saúde do Concelho do
Seixal (CUSC.S). O “Comércio” esteve à
fala com um dos seus membros, José Lourenço, a quem colocou diversas questões
sobre o estado da saúde no concelho.
Depois de alguma acalmia, a CUSC.S
lança diversas iniciativas de protesto.
Porquê agora?
Embora num curto espaço de tempo,
estas iniciativas foram bastante amadurecidas e ponderadas. A CUSC.S não tem
um prazer especial em trazer a luta para as
ruas mas, quando o diálogo se esgota ou
se tenta fazer “tábua rasa” das promessas
e acordos assinados, não resta outra alternativa do que amplificar a voz dos utentes,
para que seja ouvida onde é necessário.
Porque motivo é que a unidade de
Corroios tem sido alvo de tantos protestos e quais os motivos para esta luta?
A situação da Unidade de Cuidados de
Saúde Personalizados (UCSP) de Corroios
é paradigmática da escassez de resposta em
cuidados de saúde primários de que o nosso concelho padece. A falta de médicos é
crónica. Para esta unidade dar cobertura
a todos os inscritos frequentadores, necessitaria de 16 médicos de família, quando
nem de metade dispõe. Para atenuar essa
carência, estava em funcionamento um
atendimento diário das 8 às 19h00, para
doença aguda e utentes sem médico de
família, que era assegurado por médicos
contratados em “outsourcing”.
No dia 31 de outubro tomámos conhecimento de que, por ordens superiores, essas
horas iriam diminuir das atuais 190 horas
mensais para 36 horas e apenas à 3.ª feira.
A agravar este cenário, não foram repostas as duas médicas que saíram recentemente da unidade, deixando a descoberto
mais cerca de 3.800 utentes, a juntar aos já
cronicamente existentes.
Trata-se de uma situação insustentável,
até porque estamos a entrar num período
crítico de gripe, que requer um reforço da
capacidade de resposta do sistema. Desde
logo, estivemos em contacto com a coordenadora da unidade, que manifestou a
sua total impotência face às determinações superiores que lhe foram impostas.
Enviámos de imediato um e-mail à direção do Agrupamento de Centros de Saú-

de (ACES) de Almada/Seixal, indagando
por soluções para a situação dramática que
estava criada. Sabíamos de antemão que
o próprio ACES cumpria ordens emanadas da Administração Regional de Saúde
de Lisboa e Vale do Tejo, e se limitou a
fazer cumprir e gerir, da forma possível,
essa determinação. Tivemos depois uma
reunião no ACES com toda a equipa diretiva daquele agrupamento, no que fomos
acompanhados pela senhora Vereadora
Manuela Calado, da Câmara Municipal
do Seixal.
Da reunião saiu alguma medida para
ser posta em prática rapidamente?
Saíram alguns esboços, embora paliativos e insuficientes. O certo é que, da análise das carências e insuficiências da oferta
de cuidados de saúde primários no nosso
concelho, percebemos que a situação é
muito complicada e que só a construção
do novo centro de saúde de Corroios e do
centro de saúde de Foros de Amora poderá pôr alguma ordem e resolver questões
estruturais, criando condições de acolhimento a mais médicos e outros profissionais de saúde.
Um novo centro de saúde para Foros
de Amora já é uma reivindicação antiga, qual o impacto desta criação?
Há muito que se exige essa unidade.
Os cerca de 12.000 utentes de Foros de
Amora estão a ser atendidos na UCSP de
Amora que, já de si, está a rebentar “pelas
costuras”. Existe um terreno há muito
cedido pela Câmara Municipal do Seixal,
excelentemente integrado no meio urbano.
A retirada destes 12.000 utentes para uma
unidade própria, libertaria capacidade na
UCSP de Amora para fazer face às suas
próprias necessidades.
Mas não é só Corroios e Amora que
têm problemas. Apenas estão no topo das
prioridades. É absolutamente necessária a
construção de uma extensão em Aldeia de
Paio Pires, cujos utentes têm de se deslocar
a outras unidades do concelho, acrescidos
com custos de transporte que, em muitos
casos, são impeditivos de um acompanhamento clínico mais regular, como é o caso
dos diabéticos e outros doentes crónicos.
De uma forma geral todas as unidades
de saúde no concelho têm vários constrangimentos funcionais, seja ao nível das suas
estruturas físicas, seja de recursos humanos. A maioria das unidades não tem uma
central telefónica em condições, o centro
de saúde de Amora está há mais de 4 anos

sem ar condicionado, o material informático das unidades e do próprio ACES
é obsoleto e recuperam-se peças de umas
máquinas para as outras para que algumas, poucas, se mantenham em funcionamento.
Quem está nas estruturas diretivas de
topo, como a Administração Regional de
Saúde e o Ministério da Saúde estão alheados, ou alheiam-se, da realidade vivida
pelo ACES ou pelas unidades de saúde.
Os utentes estão refletidos numa folha de
Excel, sem rosto.
Acha que a população em geral, tem
perceção que se passa nos centros de
saúde?
Acredito que a maioria, não o tenha.
Naturalmente que as pessoas exigem ser
bem servidas, e isso é bom, mas muitas
das vezes não se apercebem das condições
em que as equipas trabalham. É preciso
entrar no “coração” da unidade e contactar
diretamente os seus profissionais. Somos
confrontados frequentemente com o desgaste físico, emocional e algumas situações
mesmo de “burnout”. É fatigante, ao longo
do dia, ter de desligar e ligar os computadores de hora a hora, ou menos, porque
o sistema não responde; é penoso subir e
descer escadas, dezenas de vezes por dia,
para entregar um simples papel, por falta de manutenção de um mini-elevador
interno; é caricato, quando chove, ter de
esvaziar salas de trabalho e colocar dezenas de baldes para amparar a água. Estas
são apenas algumas das muitas situações
que nos chegam.
Acha que esses fatores poderão estar
ligados às queixas de alguns utentes em
relação ao atendimento?
Essas situações de impaciência existem,
mas não são a regra. O que nós verificamos
no dia-a-dia das unidades é a resiliência
das equipas, a imaginação e criatividade
para encontrar caminhos que permitam
manter as unidades em funcionamento.
Acredito que se as equipas não procedessem deste modo, a situação real seria bastante mais grave.
A nossa luta é também por eles, pela
dignificação das suas condições de trabalho. Com melhores condições, presta-se
um melhor serviço.
Voltando a Corroios, foi assinado
este ano um acordo para a construção
do novo centro de saúde em Santa Marta do Pinhal. Como está a situação?
Na verdade, em 9 de maio, foi assinado
um acordo de colaboração entre a ARS-LVT e a Câmara Municipal do Seixal
para a instalação do novo centro de saúde, homologado na mesma altura pelo
Secretário de Estado da Saúde, que também esteve presente. Nessa cerimónia,
com pompa e circunstância, o governante
garantiria que esta nova unidade estaria ao
serviço dos utentes até final de 2018. Também prometeu que o Hospital do Seixal
estaria concluído em finais de 2019. O
certo é que, passados 7 meses, continuamos no papel, no plano das intenções. Há
uma portaria conjunta dos Secretários de
Estado do Orçamento e Adjunto e da Saúde, publicada em DR a 2 de outubro, que
autoriza a repartição, entre 2017 e 2018,
da verba destinada à sua construção. O
certo é que o concurso para a construção já

deveria estar lançado e escolhido o respetivo empreiteiro. A própria Câmara Municipal do Seixal não pode avançar com o
concurso para acessibilidades e espaços
exteriores, sem que a ARS-LVT lhes entregue o projeto final. Para além da cedência
do terreno, a Câmara Municipal do Seixal
tem orçamentada uma verba de cerca de
400 mil euros para estas intervenções.
Quais os motivos que vos levaram a
promover no dia 27 de novembro uma
concentração à porta da residência oficial do Primeiro-Ministro?
O Orçamento de Estado de 2017, contempla uma verba de 10 milhões de euros
para os projetos de arquitetura e especialidades técnicas de três hospitais públicos:
Lisboa Oriental, Évora e Seixal. O certo
é que essa verba, a um mês do final do
ano, encontra-se cativa no Ministério das
Finanças, o que deixa a descoberto uma
incongruência face às declarações que o
Secretário de Estado fez em Corroios e o
Primeiro-Ministro em junho deste ano.
António Costa afirmou à comunicação
social que, em julho, se deslocaria ao concelho do Seixal para anunciar formalmente o lançamento do Hospital. Não sabemos
é de que ano.
Ao iniciar-se a discussão do Orçamento
de Estado para 2018 e, analisadas as propostas do governo para a Saúde, verificamos que aparentemente este não previa
qualquer verba para a sua construção.
Qual foi a leitura da Comissão de
Utentes sobre essa omissão?
Foi a única leitura possível: indicia que
o governo não pretende iniciar a obra em
2018, comprometendo as promessas feitas
à população. Nem as declarações feitas
pelo Ministro das Finanças em discussão
na especialidade do OE2018 nos convenceram. Dizia então que o investimento se
iria refletir em 2019. Ora, se assim for, é
porque a obra só avança em 2019, atrasando mais um ano a sua conclusão. Nenhum
empreiteiro arranca com uma obra sem
receber um valor na adjudicação.
Foi por isso que enviamos um e-mail
a todos os grupos parlamentares para que
exigissem a inscrição da verba ainda neste
Orçamento e foi por isso que decidimos
fazer uma concentração em S. Bento e
apresentar uma carta no mesmo sentido
ao Primeiro-Ministro.
O que pretendem fazer daqui para a
frente?
A população do concelho do Seixal
está farta de ser enganada pelos sucessivos governos. Está saturada de assistir à
capitulação do Estado perante o poder dos
grupos privados da saúde. Mais de metade
da faturação destes grupos é feita ao Estado, que deixa assim de investir suficientemente no Serviço Nacional de Saúde.
No dia 17 de dezembro teremos de
novo a iniciativa do Natal do Hospital. No
final do próximo mês de janeiro, iremos
entregar ao governo os mais de 40.000
votos da campanha “Um voto pelo Hospital do Seixal”. Outras iniciativas serão lançadas. Não abdicaremos de colocar a luta
nas ruas, de amplificar a voz dos utentes.
Não aceitaremos outro 2009. Esgotou-se a
nossa capacidade de tolerância sobre estas
questões, que mexem literalmente com a
vida das pessoas.

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sociedade

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14.ª Edição do Prémio ARTES
A ARTES – Associação Cultural do Seixal é uma associação de artistas plásticos e de amantes de artes do Concelho do Seixal,
sediada na Freguesia de Amora, e conta com 28 anos de existência. O seu principal objectivo é o de promoção de actividades
artísticas, através de exposições e cursos de artes plásticas. De dois em dois anos, com o apoio da Câmara Municipal do Seixal,
da Junta de Freguesia de Amora e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, promove o Prémio ARTES.

No passado dia 2 de Dezembro, o cinema São Vicente abriu as suas portas para
receber a 14.ª Edição do Prémio ARTES.
A ARTES – Associação Cultural do Seixal
reuniu amigos e alunos na cerimónia de
entrega de prémios e diplomas de participação, contando esta edição com cerca de
15 concorrentes, sendo a escultura a modalidade artística deste ano. O Júri desta edição foi constituído pela artista Teresa Silva,
por um representante do jornal Comércio
do Seixal e Sesimbra, e por um representante da Câmara Municipal do Seixal.

nios foram escassos durante muito tempo,
não deixando no entanto, de agradecer o
apoio da Câmara Municipal do Seixal, da
Junta de Freguesia de Amora e da União
de Freguesias de Seixal, Arrentela e Aldeia
de Paio Pires. Apesar destas dificuldades,
a cada ano o número de participantes
aumenta,”cada vez há mais pessoas a participarem e com mais qualidade”.
O Presidente da Câmara Municipal
do Seixal, Joaquim Santos, não quis deixar de marcar esta data mencionando “a
importância que têm as actividades cul-

vamos comemorar 25 anos do Fórum Cultural do Seixal e pretendemos fazê-lo com
uma nova cara, mas também com uma
programação adequada para comemorar
um quarto de século. Brevemente iremos
ter a abertura de um novo espaço, dentro
da Mundet. Será uma oficina colectiva
para todos os artistas e artesãos do Concelho do Seixal. Temos também como
objectivo para este mandato a construção
do Centro Cultural de Amora, a ARTES
está sediada na freguesia de Amora, sabe
que Amora precisa de um Centro Cultu-

de vários grupos de música e dança, que
não quiseram deixar de se juntar a esta
festa de Cultura. Foi possível ouvir e ver
durante a tarde o Grupo Coral Orfeão
Sol do Troviscal, o grupo de dança do
professor Bruno Cabaço, o grupo de dança Corpus, o grupo de dança Sibilas, o
grupo de dança Terpsi, o grupo de dança
Sherazade e para terminar o Coro Polifónico da Unisseixal.
Para terminar, o Presidente da Junta de
Freguesia de Amora, Manuel Araújo, não
quis deixar passar a oportunidade de feli-

Com a sala totalmente esgotada, a Presidente da Associação, Umbelina Ribeiro,
agradeceu a presença de todos e lembrou
a importância da Arte no desenvolvimento do indivíduo e da sociedade. Referiu
que “devido ao regime político que se fez
sentir em Portugal durante vários anos, o
nosso país tornou-se num dos mais atrasados no desenvolvimento da Arte e Cultura. A Arte é estimulante, cada vez mais
portugueses se interessam, não só pelo
fazer Arte como também por apreciá-la”.
Mencionou ainda que nem sempre foi
fácil levar o projecto avante, os patrocí-

turais para o município. Só poderemos
avançar se continuarmos a produzir e
usufruir da Cultura”. Frisou ainda que a
ARTES “é um farol da Cultura, não só
no Concelho do Seixal mas em todo o
distrito de Setúbal”, dando a garantia de
que o município continuará a trabalhar
em conjunto com as várias associações
de modo a promover a cultura no concelho. “Recentemente foi constituído o
Conselho Municipal da Cultura, com o
objectivo principal de construir o Plano
Municipal de Desenvolvimento Cultural
do Concelho do Seixal. No próximo ano

ral, por isso temos já o projecto concluído.
Falta-nos apenas fechar o processo, mas
prevemos que no final de 2018 já estejamos em condições de avançar com o concurso público”. O Presidente fez questão
de partilhar uma informação com todos
os presentes: ”recebemos há bem pouco
tempo por parte da Sociedade Portuguesa
de Autores a informação de que o município do Seixal ganhou o Prémio de Melhor
Programação Cultural Autárquica do ano
de 2017, sendo a entrega do prémio a 22
de Março de 2018”.
O espectáculo contou com a actuação

citar a ARTES por esta iniciativa, dizendo
que “a ARTES é muito mais do que aquilo que hoje vemos aqui, não é apenas um
concurso, é aquilo que a associação e os
seus alunos têm feito ao longo do tempo.
Com toda a sua actividade têm dado um
contributo enorme para a Cultura e para
o seu desenvolvimento no nosso Concelho. Dou os parabéns a todos os participantes do concurso, independentemente
do vencedor”. O vencedor da 14.ª Edição
do Prémio ARTES foi o artista Francisco
Vaz, que recebeu um cheque no valor de
1.000€.

sociedade

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BANDA DA ARMADA NO SEIXAL
Dezenas de pessoas assistiram ao concerto da Banda da Armada na Câmara Municipal do Seixal. A Banda da Armada, regida pelo
Capitão-Tenente MUS Délio Gonçalves, não visitava o Seixal à mais de 3 anos.

O átrio da Câmara Municipal do
Seixal encheu-se para assistir ao concerto
da Banda da Armada no passado dia 25
de Novembro.
Protagonizaram um fantástico concerto aos presentes na plateia, composta por
antigos músicos da Banda da Armada,
músicos das colectividades do Concelho
do Seixal, entidades públicas e militares e
muitos populares.
O concerto foi dividido em duas partes.
Na primeira parte do espetáculo foram
tocadas as peças “Transcendent Journey”
do compositor dos EUA, Rossano Galante; “Three Spectacles for the Navy Blue”,
do japonês Eiji Suzuki; e “Leonardo Dreams”, do espanhol Saül Gómez Soler.
E na segunda as peças “Danse DiaboliPublicidade

que”, do austríaco
Josef Hellmesberger;
“Hispania”,
do espanhol Oscar
Navarro; “Retalhos
de New Orleans”,
um arranjo do
músico da Banda
da Armada Pedro
Pires; e “Paconchita”, novamente de
Oscar Navarro.
Edison Dias,
provedor da Santa
Casa da Misericórdia do Seixal,
falou após o final
do concerto agradecendo a “presença da Banda da Armada” bem como a associação da mesma “à
causa pela Unidade de Cuidados Continuados de Arrentela”. Edison Dias fez
questão ainda de mencionar “que se existe
algo que pode unir as pessoas em torno
de causas nobres, será sempre a música”,
cujas emoções “são partilhadas por todos
em prol de um só fim”.
Também o Maestro Capitão-Tenente
MUS Délio Gonçalves tomou a palavra
agradecendo “o convite feito à Banda
da Armada que tem muitos orgulho em
associar-se a estas causas”.
Foram ainda oferecidas lembranças à
Banda da Armada bem como aos músicos
da mesmo que são originários do Concelho do Seixal.

Edison Dias lançou ainda o desafio
para que a Banda da Armada esteja também presente no dia da inauguração da
Unidade de Cuidados Continuados de
Arrentela, desafio ao qual o Maestro respondeu dizendo que “caso a agenda da
Banda da Armada o permita, podem contar com a sua presença”.
Após a interpretação das obras programadas, a Banda da Armada tocou ainda a
música “Velho Seixal”, escrita por Emílio
Rebelo, sobre a qual o Maestro Capitão-Tenente MUS Délio Gonçalves disse
com alguns sorrisos ao público “que lhe
tinha sido informado que a plateia sabia
a letra”, e ainda a “Marcha dos Marinheiros”.
A Unidade de Cuidados Continuados
é um projecto da Santa Casa da Misericórdia do Seixal que está projectado para
a Quinta do Falcão, em Arrentela, com
um valor total de investimento estimado em 4 500 000 € numa parceria com
a Câmara Municipal do Seixal,
que constitui uma
resposta inovadora
ao desafio social
do envelhecimento. Importa referir
que já existe um
projecto base para
esta unidade, bem
como terreno cedido pela autarquia,
estando a faltar

o financiamento por parte do Governo
para que a obra se concretize.
O projecto pretende dar resposta às
expectativas e solicitações dos munícipes
e da Santa Casa da Misericórdia. O mesmo é composto por 69 camas (35 camas
na Unidade de Média Duração e Reabilitação, 34 camas na Unidade de Longa Duração e Manutenção), Serviço de
Apoio Domiciliário, Clínico-Social e ainda Residências Assistidas.
Qualquer pessoa pode contribuir para
a construção da Unidade de Saúde Continuados de Arrentela através de donativos
para a conta PT50 0045 5452 4005 0209
2343 1.
Recorde-se que a Banda da Armada
não visitava o Seixal desde 29 de Novembro de 2014, quando deu o concerto no
Salão Nobre da Sociedade Filarmónica
Democrática Timbre Seixalense.
João Domingues

Saúde

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José Torres
Consultor imobiliário

Briónia
Fitoterapia

Miguel Boieiro

A mediação imobiliária
– desconfiamos do que
desconhecemos
Alguns proprietários tentam vender os seus imóveis diretamente aos
compradores (vulgarmente designado
FSBO – For sale by owner, ou em português “vende o próprio”).
O objetivo é evitar os custos com a
mediação imobiliária, o que à primeira vista faz algum sentido. No entanto numa análise, mesmo que superficial, conclui-se facilmente que muito
raramente é uma boa opção.
No “vende o próprio”, tanto os proprietários como os compradores correm um vasto conjunto de riscos de
que muitos ainda não se aperceberam.
Riscos de vária ordem, mas hoje vou
abordar apenas a simples determinação do preço de venda.
Muitos proprietários estão convictos que conhecem bem o valor do seu
imóvel, o que, na esmagadora maioria
das vezes, não corresponde à verdade.
Baseiam a sua opinião pelo que ouvem
dizer, nomeadamente, pela informação que obtiveram sobre o valor da
venda de um ou outro imóvel semelhante ao seu, vendido na sua zona. O
problema é que, em muitas ocasiões,
essas informações não são exatas. A
versão de cada uma das partes difere,
o vendedor tem tendência a inflacionar o preço e o comprador a baixá-lo,
para ambos passarem a ideia que fizeram um bom negócio. Mas mesmo que
se conheça o preço real da venda, essa
informação não é um indicador fiável
e é claramente insuficiente, porque
cada caso é um caso.
Uma das primeiras tarefas do consultor imobiliário (logo após a primeira visita ao imóvel e ainda antes
da angariação) é fazer um Estudo de
Mercado e apresentá-lo ao proprietário (se o não fizer é um sintoma claro
da falta de qualidade do seu trabalho).
Este Estudo de Mercado, utiliza diversas ferramentas que permitem esclarecer o proprietário sobre o valor de
mercado do seu imóvel. Se for completo, é um documento com duas dezenas
de páginas que, entre outras, inclui
uma informação detalhada sobre:
• Imóveis de valor semelhante mediados pela imobiliária: três imóveis que
na altura estão à venda, três imóveis
transacionados no último ano e uma
lista de todos os imóveis transacionados no último ano (ou outro período
se isso se tornar aconselhável).
• A quase totalidade dos imóveis transacionados na região. É um relatório
que utiliza as estatísticas do SIR – Sistema de Informação Residencial, que
é a única base de dados em Portugal
com informação sobre os preços de
venda e arrendamento. Resulta do
tratamento de dados reportados por
mais de 400 empresas de mediação
a operar em Portugal. Serve de referência, entre outras, às instituições
financeiras e às empresas de mediação imobiliária.
Um Estudo de Mercado elaborado
corretamente é a única forma de se
determinar o valor real dos imóveis.
E colocar à venda um imóvel com
um preço diferente, seja superior ou
inferior, resulta normalmente em prejuízo para o proprietário.

Há tempos, estimado amigo, também
apaixonado pela botânica e pela fitoterapia, falou-me da briónia, com grande
entusiasmo. Dizia ele que as bagas da
briónia o tinham curado definitivamente
de arreliadoras infeções cutâneas e passaram, doravante, a integrar a sua provisão
de plantas medicinais.
Mais uma vez se confirma que muitas
plantas tóxicas são, de facto, as mais eficazes para resolver certos problemas de
saúde. Os pacientes devem, contudo, ter
muito cuidado com o seu uso e evitar as
aplicações internas.
Ora, as espécies “bryonia”, de que a
mais conhecida e espontânea no nosso
País, é a Bryonia dioica (Jacq), cucurbitácea rústica e perene que trepa, através de gavinhas, pelos arbustos que se
encontram em valados e sebes, chegando
a atingir três metros. A sua raiz é enorme, mastodôntica, segundo a designação
da obra italiana “Il Talismano – Piante
Officinali”, pois chega a pesar três quilos,
o que é surpreendente numa plantinha
aparentemente tão frágil. As folhas são
pecioladas, palmadas e dentadas, possuindo cinco lóbulos como as da videira.
As flores são pequenas, campanuladas,
amareladas, dióicas (as masculinas estão
separadas das femininas, em diferentes
pés) e surgem nas axilas das folhas. Os
frutos são bagas vermelhas do tamanho
de ervilhas, muito atraentes, mas venenosas, que aparecem no outono e persistem,
mesmo quando as folhas secam.
A briónia contém resinas, taninos, ácidos gordos e diversos constituintes tóxicos
(alcalóides), dos quais, o mais importante
é a brionina.
A planta, fundamentalmente a raiz e
as bagas, possui propriedades antirreumáticas, laxantes, purgantes, diuréticas,
vermífugas, vesicantes, expectorantes e
reguladoras da circulação sanguínea.
A polpa da raiz e o respetivo suco servem para preparar cataplasmas que se
aplicam em reumatismos, nevralgias e
contusões – “Erbe Buone per la Salute” da
editora italiana, Demetra.

As pastilhas homeopáticas “Bryonia
alba D4” são usadas para os acessos de
febre, os reumatismos musculares e articulares, o lumbago e a ciática – “Ces plantes qui guérissent”, de Robert Quinche.
O grande Paracelso, no século XVI,
em “As Plantas Mágicas”, para combater
inchaços da garganta, do ventre e das pernas, recomenda o seguinte: fritar 25 gramas de raiz de briónia em 2,5 dl de azeite
puro, até que o preparado fique escuro.
Aplicar, friccionando sobre a parte doente
e em seguida, colocar uma ligadura.
Abdelhaï Sijelmassi, em “Les Plantes
Médicinales du Maroc”, diz apenas que a
briónia é um purgante drástico e perigoso e que 15 bagas são mortais para uma
criança (40 para um adulto).
Oliveira Feijão, em “Medicina pelas
Plantas”, prescreve o uso interno da raiz
em pó (0,5 a 3 g).
João Ribeiro Nunes, em “Medicina
Popular – Tratamento pelas Plantas Medi-

cinais”, aponta várias mezinhas, entre as
quais, para a cura da hidropisia, a asma e
a bronquite, a maceração de 50 g de bagas
para um litro de vinho, tomando-se duas
ou três colheres diariamente, antes das
refeições.
O “Manual de Medicina Doméstica” de
Samuel Maia, refere o tratamento da sarna, através de uma pomada confeccionada com 5 g de raiz de briónia em pó e 30
g de banha benzoinada, para friccionar à
noite, durante cinco dias.
Pessoalmente, tenho por hábito fazer
uma loção de bagas maceradas em álcool
a 70 graus, a fim de friccionar as partes do
corpo afetadas pelo reumatismo.
Recordando, mais uma vez, que a briónia é tóxica e que, portanto, não é aconselhada para auto terapias internas, refiro
um espantoso uso popular, de que tenho
conhecimento: famílias da Beira Baixa
cozinham os rebentos tenros da briónia
e comem-nos como se como se fossem
espargos. E ainda não morreram!

gastronomia

CSS | 7 de Dezembro de 2017

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RECEITA: Rolinhos de Massa Folhada
com Mousse de Trufas
DR

Preparação:
- Cortar a massa folhada pela metade.

Ingredientes:

- Cobrir uma das partes com a mousse
e cobrir com a outra metade de massa
folhada.

• 1
 Pacote de massa folhada
retangular
• 100g de Mousse de trufas
• 1 Gema
• Sementes de sésamo q.b.

- Cortar em tiras e torcer a massa,
formando um rolinho.
- Pincelar com a gema batida e polvilhar
com sementes de sésamo.
- A ssar em forno 180°C por
aproximadamente 20min ou até
dourar.

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Café 0,50€
Sopas
Panados
Bolos Variados
Temos produtos de Azeitão
Serviço de esplanada
Tel.: 961 312 113
Rua Ferreira de Castro, 24
Aldeia de Paio Pires

Visite-nos

sociedade

CSS | 7 de Dezembro de 2017

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III SONS NA ALDEIA
Aproxima-se a III Edição do “SONS NA ALDEIA”. O “Comércio” esteve à conversa com António Caeiro, da CoopA, para nos dar a
conhecer melhor este festival alternativo realizado no nosso Concelho.
aldeias e vilas descentralizadas do nosso
país.

O festival, organizado pela CoopA,
acontece já no próximo sábado, dia 9 de
dezembro, pelas 21h30, na Sociedade Musical 5 de Outubro, na Aldeia de Paio Pires.
Os bilhetes podem ser comprados no local e
têm o custo de 3 euros.
Como surgiu o “SONS NA ALDEIA”?
Antes de responder concretamente à vossa questão, há que recordar que o SONS
NA ALDEIA é um evento com a chancela
da CoopA – Associação Aldeia Cooperativa
de Artes. Uma Associação fundada, por um
grupo de amigos, a 24 de Fevereiro de 2016,
na Aldeia de Paio Pires. É uma organização
não-governamental e tem como fim identificar, promover, criar, dinamizar e divulgar

actividades socioculturais, em particular
mas não exclusivamente, na área geográfica
da Aldeia de Paio Pires, de modo a instigar
a vida cultural da comunidade, tornando-a
um polo da vida cultural da região.
Sendo que a sua esfera de actuação
abrangerá todo o tipo de actividades culturais e expressões artísticas conhecidas que
respeitem a igualdade de oportunidades,
independentemente do género, etnia, idade,
orientação sexual, religião ou deficiência.
O “SONS NA ALDEIA” enquadra-se
dentro desta dinâmica e surgiu da necessidade de dinamizar culturalmente um
pouco a Aldeia de Paio Pires, pretendendo-se coloca-la no circuito nacional cultural,
à semelhança do que já acontece noutras

Qual o balanço que pode fazer das
edições anteriores?
As duas primeiras edições correram muito bem e com uma adesão de público muito
significativa.
A Edição I realizou-se a 26 de Setembro de 2016 da Sociedade Musical 5 de
Outubro, na Aldeia de Paio Pires, e contou
com a presença dos “a Jigsaw & The Great Moonshiners Band”, de Coimbra, e os
“Recanto”, de Almada (na foto).
A Edição II realizou-se no mesmo local,
a 04 de Março de 2017, e marcou a internacionalização do evento, pois contou com a
presença dos “Coffee Or Not”, que vieram
da Bélgica, mais concretamente da cidade
de Bruxelas, e os “Alma Mater Society”, de
Lisboa.
O que podemos esperar para a III Edição?
A Edição III irá contar com duas
bandas de Lisboa, os “LUR LUR” e os
“IAMTHESHADOW”. O local será novamente a Sociedade Musical 5 de Outubro
na Aldeia de Paio Pires e o concerto terá início às 21h30.
Em palco, duas bandas com sonoridades
diferentes, aliás esse é o padrão de escolha para
este evento, sempre duas bandas com características e sonoridades algo díspares, por isso
iremos ter uma noite repleta de sonoridades

alternativas, que vão desde o Post-punk, Pop,
Rock, passando pela Electrónica e com uns
laivos de Dark Wave. Ou seja uma noite diferente e a não perder na Aldeia de Paio Pires.
Já estão a preparar a IV edição?
Sim, a quarta edição já está a ser trabalhada.
Porquê a aposta num género mais
alternativo de música e não no tradicional mainstream?
A aposta em sonoridades alternativas
para o “SONS NA ALDEIA” tem a ver
muito com o facto de se querer trazer à
Aldeia eventos diferenciados.
A CoopA queria aproveitar esta oportunidade para agradecer especialmente a todos os
que tem marcado presença nos diversos eventos, sem eles nada disto faria sentido. Agradecemos igualmente à União das Freguesias do
Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires por
acreditarem no nosso projecto e à Sociedade
Musical 5 de Outubro e Câmara Municipal
do Seixal por todo o apoio logístico.

Aldeia Natal do Seixal
A Aldeia Natal do Seixal é hoje inaugurada no Núcleo Urbano Antigo do Seixal. Pode ser visitada até dia 23 de Dezembro e tem
várias animações programadas de modo a celebrar o que há de melhor na quadra natalícia.

De 7 a 23 de Dezembro, o Núcleo
Urbano Antigo do Seixal transforma-se num espaço onde se vive em pleno a
quadra natalícia. Haverá diversão para
toda a família: pista de gelo, comboio de
Natal, teatro infantil, animação, música,
insufláveis, selfie points e um Mercado
de Natal com gastronomia e artesanato, onde não faltará a doçaria da época e
ideias de presentes para este Natal.
Na tenda institucional ficará instalado
o Hospital das Brincadeiras, com ateliês
para as crianças, um espaço lounge para
que se possam ouvir histórias e ver filmes
de Natal, e claro, a presença do Pai Natal.
Enquanto as crianças se divertem, os pais
podem votar na “Campanha 1 Voto pelo
Hospital do Seixal”.
A Aldeia Natal do Seixal irá abrir as portas hoje, a partir das 18 horas. A inauguração oficial será às 21 horas, com a chegada
do Pai Natal e muitas outras surpresas.

As actividades
estarão assim dispostas, na Praça
da
República,
também conhecida como Largo
da Praça, estarão
os ateliês infantis
o espaço lounge
com histórias e
filmes de Natal,
o Hospital das
Brincadeiras,
a Casa do Pai
Natal e a “Campanha 1 Voto pelo Hospital do Seixal”.
Na Avenida D. Nun’Álvares Pereira
estarão a Pista de gelo, várias Animações
de rua e os Selfie Points.
Na Praça dos Mártires da Liberdade,
Jardim do Seixal, estará disponível para
serem visitados o Mercado de Natal, com
gastronomia e artesanato, local onde
serão feitos vários concertos e animações
musicais, o carrossel francês, os insufláveis de Natal e a Árvore de Natal.
O Comboio de Natal, que vai circular
pelo Seixal, terá paragens na Quinta dos
Franceses, na Rua Paiva Coelho e no Largo dos Restauradores.
No dia 17 de Dezembro, às 15 horas,
realiza-se o Natal do Hospital no Seixal,
na Sociedade Filarmónica União Seixalense, com a presença de vários artistas.
A programação nesse dia começará às
14h30 com a abertura do recinto seguida
da actuação do Grupo Coral Seixal Voca-

lis, dos Brothers Soul e de Diamantina
Rodrigues às 15h; às 15h30 terá lugar o
momento protocolar com intervenções da
Comissão de Utentes de Saúde do Concelho do Seixal, do presidente da União das
Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia
de Paio Pires, do presidente da Assembleia
Municipal do Seixal e do presidente da
Câmara Municipal do Seixal; às 15h45
começa o espectáculo com a presença
dos artistas Maria de Lourdes, Fernando
Viegas, Mário Barradas, Ricardo Mestre,
Manuela Sameiro, David Ventura, Eduardo Santana, Banza, David Antunes,
Dany Silva, Vitorino e Anjos.
Integrada ainda na Aldeia Natal do
Seixal a realização da 2.ª edição do Concurso de Doçaria de Natal, que tem como
principal objectivo a divulgação e promoção da doçaria tradicional da época natalícia.
Podem participar pastelarias
e padarias, doceiros particulares
e representantes
de associações e
colectividades,
que podem concorrer nas categorias “Doceiro
Profissional” ou
“Doceiro Amador”. A inscrição
é gratuita, com o
limite de inscrição de dois doces

por concorrente, e deverá ser feita até dia
7 de Dezembro.
O júri será constituído por Carla Russo, em representação da Câmara Municipal do Seixal, Clara Pereira, da Entidade
Regional de Turismo da Região de Lisboa, Irene Pimenta, chef de cozinha, e
Fernanda Carmona Rodrigues, formadora de pastelaria do Instituto de Emprego
e Formação Profissional e criadora dos
doces Varinos do Seixal. O júri terá em
conta na sua apreciação a adequação à
época natalícia, a originalidade, a confecção, a degustação ou outro critério
que o júri venha a considerar relevante.
Serão atribuídos prémios aos vencedores
de cada categoria, uma oferta do Município do Seixal e da Entidade Regional de
Turismo da Região de Lisboa.

agenda

CSS | 7 de Dezembro de 2017

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DR

Cabe à peça “Filho da Treta” as
honras de encerramento da 34.ª Edição do Festival de Teatro do Seixal,
no próximo dia 9 de Dezembro, às
21h30 horas, no Auditório Municipal do Seixal.
Zezé (José Pedro Gomes) prossegue a sua luta contra o bom-senso,
a solidariedade, o trabalho e outros
conceitos primeiro-mundistas, desta vez na companhia de Júnior (António
Machado) que anda de bicicleta desmontável. Zezé, ao nível da deslocação,
continua a polir a ponta do sapatinho de verniz com cuspe. Mas é um
cuspe mais sábio...
Numa comovente irritação entre duas gerações perdidas, discutem-se as
tascas gourmet, os refugiados, os paus de selfie, as novas famílias e outras pragas que assolam o mundo moderno deste saudoso bairro em vias de extinção.
O bilhete para a peça tem o custo de 10 euros.

Pai Natal já chegou ao RioSul
Shopping
DR

Está é uma quadra muito especial e aguardada
pelos mais pequenos que irão, certamente, viver a
tradição da data repleta de magia e sonhos, e dessa
forma o RioSul Shopping já recebeu o Pai Natal,
que pode ser visitado até ao dia 24 de Dezembro.
Além da presença do Pai Natal, o RioSul
Shopping vai ainda promover outras actividades
natalícias ao longo do mês de Dezembro. Vai ser
possível assistir às animações de Natal como a
actuação de bolas natalícias patinadoras, gnomos malabaristas, candy girls e esquilos mascotes
que vão andar a passear pelos corredores do Centro este Natal e encantar todas as famílias.
Vão também decorrer sessões de Cinema Infantil gratuitas, todos os domingos às 11 horas. Já no dia 10 de Dezembro é dia para assistir ao filme Bigfoot,
O Pequeno Vampiro a 17 de dezembro, seguindo-se O Capitão Cueca a 24 de
dezembro e a terminar o mês, no dia 31 de dezembro, o The Boss Baby.
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A Casa do Pai
Natal – Sesimbra
e Quinta do Conde

Seixalense
de 17 anos
lança livro

XX Torneio
Cidade do
Seixal
DR

Começa amanhã o XX Torneio Cidade do Seixal em Ténis
na vertente de singulares masculinos e femininos e pares
femininos e masculinos.
O torneio de Nível C realiza-se nos dias 9 e 10 e destina-se
a jogadores de ambos os sexos,
portadores de licença da Federação Portuguesa de Ténis. Os
encontros realizam-se à melhor
de três partidas com tie break.
A organização fica a cabo do
Clube Recreativo e Desportivo
Brasileiro Rouxinol e conta com o apoio da Câmara
Municipal do Seixal, da Junta
de Freguesia de Corroios, da
Associação de Ténis de Setúbal
e da Federação Portuguesa de
Ténis.

“Preciso de Mim” é o nome da
primeira obra de Andreia Lourenço, de 17 anos, estudante do 12º
ano na Escola Secundária João de
Barros, no Concelho do Seixal. O
livro é lançado no dia 9 de Dezembro, às 10h30, na sala Pablo Neruda do Fórum Municipal Romeu
Correia, em Almada.
Margarida é o nome da personagem principal e é a autora que
lhe dá vida. “Em cada palavra tentei exprimir todas as sensações que
a Margarida sente”, confidencia a
autora sobre o seu primeiro livro.
Andreia acrescenta, ainda, que
o seu objetivo é “fazer os adultos
relembrar, entre outras coisas, a
turbulência que é amar na adolescência”, mas também “chegar aos
adolescentes com um livro que eu
gostaria de ler”.
Durante o lançamento será possível adquirir exemplares autografados do livro.
DR

Filho da Treta – 34.º Festival de
Teatro do Seixal

DR

A Fortaleza de Santiago, o Parque Augusto Pólvora, na Maçã, e
o Parque da Vila, na Quinta do
Conde vão receber “A Casa do Pai
Natal” de 6.ª Feira a Domingo,
uma actividade que já passou pelo
Largo das Forças Armadas, em
Alfarim, e pelo Parque 25 de Abril,
na Corredoura.
O Pai Natal é uma das mais
populares figuras desta quadra,
que tem nos mais novos os seus
maiores admiradores. Na 6.ª Feira
será a vez da Fortaleza de Santiago receber o velho das barbas, no
Sábado será a vez Parque Augusto
Pólvora, na Maçã, e no Domingo
será o Parque da Vila, na Quinta
do Conde, sempre a partir das 15
horas.
As crianças vão poder falar com
o Pai Natal e com os seus simpáticos ajudantes e deixar a sua carta no marco de correio do Polo
Norte. Para além disso vão poder
assistir ao espetáculo musical da
“Rudolph Christmas Band” e à
magia de Rapha Santacruz.

lazer

CSS | 7 de Dezembro de 2017

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cinema

Instrumentos musicais

A Montanha Entre Nós
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sopa de letras

7 a 14 de dezembro

Carneiro

21-03 a 20-04

Touro

21-04 a 21-05

Amor: Não seja mal-humorado, cultive diariamente o
otimismo.
Saúde: Faça alguns exercícios físicos, mesmo em casa.
Dinheiro: Não deixe para amanhã aquilo que pode
fazer hoje.
Números da Semana: 1, 3, 18, 19, 22, 29
Amor: Exprima os seus sentimentos sem medo de ser
ridículo.
Saúde: Cuidado com o frio.
Dinheiro: Momento favorável.
Números da Semana: 8, 11, 36, 45, 47, 49

Gémeos

21-04 a 21-05

Amor: Deixe o orgulho de lado e peça desculpa quando errar.
Saúde: Agasalhe-se mais, pois as constipações andam por aí.
Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos.
Números da Semana: 5, 15, 29, 33, 34, 40

SAXOFONE TUBA
BANJO
GUITARRA ACORDEAO VIOLA
VIOLINO TROMPETE BANDOLIM
HARPA
MARACAS BOMBO
PIANO BATERIA FLAUTA

Dois estranhos conhecem-se no aeroporto de
Boise, Idaho, EUA: Alex, uma jornalista que viaja
para Baltimore para o seu casamento; e Ben, um
cirurgião com urgência em regressar a casa para realizar uma operação delicada. Quando o voo de ambos é cancelado devido ao mau tempo, Alex aluga
uma avioneta para os levar ao seu destino.
Mas o que parece ser a solução perfeita transforma-se num pesadelo quando o piloto sofre um ataque cardíaco em pleno voo e a avioneta se despenha
no meio do nada. O piloto morre, mas Alex, Ben
e o cão que viaja com eles sobrevivem. Conscientes de que ninguém sabe onde se encontram, sabem
que apenas lhes resta uma alternativa: atravessar a
pé centenas de quilómetros de neve e gelo, numa
tentativa de encontrar ajuda.

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SOLUÇÃO

u2 – Songs Of Experience

21-06 a 23-07

Leão

24-07 a 23-08

Virgem

24-08 a 23-09

Balança

24-09 a 23-10

Amor: Não seja injusto com os seus amigos, pense
bem naquilo que diz.
Saúde: Procure o oftalmologista, pois essas dores de
cabeça podem estar relacionadas com os seus olhos.
Dinheiro: Tudo estará dentro da normalidade.
Números da Semana: 9, 12, 22, 34, 45, 48
Amor: Se existir desconfianças entre o casal, será difícil a harmonia.
Saúde: Na saúde em geral não se sentirá muito bem.
Dinheiro: Poderá ter tendência para gastar mais do
que habitualmente.
Números da Semana: 7, 22, 36, 45, 48, 49
Amor: Sentir-se-á irresistível e sentimental.
Saúde: Poderão surgir bloqueios de ordem psico­ló­
gica.
Dinheiro: Oportunidade para executar aquele projeto
com êxito.
Números da Semana: 2, 14, 22, 29, 37, 47
Amor: Não viva obcecado com a ideia de perder a
pessoa que tem ao seu lado.
Saúde: Não se desleixe e cuide de si.
Dinheiro: As suas economias estão a descer, tenha
algum cuidado.
Números da Semana: 11, 32, 38, 39, 44, 47

Escorpião

24-10 a 22-11

Amor: Procure ser mais extrovertido, só tem a ganhar
com isso.
Saúde: Cuidado com as correntes de ar, está com
tendência para se constipar.
Dinheiro: Se pretende investir, esta é uma boa altura.
Números da Semana: 7, 15, 19, 23, 32, 41

3

Sagitário

23-11 a 21-12

Capricórnio

22-12 a 20-01

Amor: Festeje as datas importantes da sua relação.
Saúde: Vá ao médico, nem que seja por rotina.
Dinheiro: Pense bem antes de tomar qualquer tipo de
decisão nesta área.
Números da Semana: 2, 14, 21, 24, 28, 33

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música

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Caranguejo

Os U2 estão de volta com o muito aguardado novo álbum de estúdio “Songs of Experience”. O novo álbum – o 14.º - é uma obra que
acompanha o álbum “Songs of Innocence”, de
2014, sendo que ambos os títulos são uma referência a “Songs of Innocence and Experience”
do poeta inglês William Blake. “The Blackout”
e “You’re the Best Thing About Me” foram as
primeiras canções disponibilizadas do álbum.
“You’re the Best Thing About Me” é a primeira canção a atingir o Top 20 de airplay numa
década e já foi remisturada pelo célebre DJ e
produtor norueguês Kygo.

Amor: A harmonia reina na sua família.
Saúde: Previna-se contra otites.
Dinheiro: As suas finanças poderão sofrer uma quebra
acentuada.
Números da Semana: 1, 12, 26, 36, 44, 46

Aquário

21-01 a 19-02

Peixes

20-02 a 20-03

Amor: Se não disser aquilo que sente verdadeiramente, ninguém o poderá adivinhar.
Saúde: Cuidado com o excesso de açúcar no sangue.
Dinheiro: Este é um período em que pode fazer uma
pequena extravagância, mas não se exceda.
Números da Semana: 2, 13, 37, 45, 47, 49
Amor: Não deixe que o orgulho fira a pessoa que tem a seu lado.
Saúde: Faça uma caminhada por semana e verá como
a sua circulação sanguínea vai melhorar.
Dinheiro: Tente fazer um pé-de-meia, pois mais tarde
poderá vir a precisar de um dinheiro extra.
Números da Semana: 4, 18, 19, 26, 37, 42

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Desporto

CSS | 7 de Dezembro de 2017

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Seixal Clube 1925
vence na Trafaria
O Seixal Clube 1925 continuou com
as boas exibições das últimas jornadas e
foi ao Campo Pepita vencer o CF Trafaria
por 0-2. Os Bravos, que se viram privados de dois dos habituais titulares Diogo
Cunha e Luís Ricardo por expulsão na
jornada anterior frente ao GD Pescadores da Costa da Caparica, alinharam de
início com Fábio Martins, Rui Castela,
João Gémio, Élvis Silva, João Marcelino,
João Lopes, Rui Barros, Pedro Costa,
Nivaldo, João Carreiro (capitão) e Pedro
Ricardo. Jogaram ainda Miguel Reis,
Cláudio Oliveira e Miguel Machado.
O primeiro golo foi marcado bem perto do intervalo, mais concretamente aos
44 minutos, por intermédio de João Carreiro. O segundo golo foi marcado por

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Miguel Reis aos 62 minutos, na sequência de um canto cedido após remate também de Miguel Reis.
O Seixal Clube 1925 subiu ao 7.º
lugar por troca com o CF Trafaria com
9 pontos.
Nos outros jogos da Séria A, o GC
Corroios recebeu e venceu o Paio Pires
FC por 3-1, enquanto o ACRT Zambujalense perdeu em casa com o Monte da
Caparica AC por 2-3. O GC Corroios
subiu ao 3.º lugar com 12 pontos, o Paio
Pires FC desceu ao 6.º lugar com os mesmos 10 pontos. Já o ACRT Zambujalense continua em último lugar com zero
pontos.
Na Série B, o AD Quinta do Conde
recebeu e venceu o AC Alcacerense por
4-3 e o CCD Brejos
de Azeitão também
recebeu e venceu
o CDR Águas de
Moura por 5-2.
Com estas vitórias
o AD Quinta do
Conde subiu ao 3.º
lugar por troca com
o adversário do jogo
com 17 pontos, e
o CCD Brejos de
Azeitão reforçou o
2.º lugar com 24
pontos.

GD Sesimbra vence,
Juv. Azeitonense punida

Depois de duas derrotas com o HC
Santiago e com o HC Vasco da Gama,
o GD Sesimbra conquistou a primeira
vitória no Campeonato da 3.ª Divisão –
Série D frente ao GDS Cascais por 7-2.
Para o conjunto sesimbrense marcaram
Bruno Fuzeta, Pica (2), Jorge Coelho (2)
e Marco Correia (2). Com esta vitória, o
GD Sesimbra subiu ao 5.º lugar da classificação com 3 pontos.
Já o Juventude Azeitonense perdeu
frente ao CS Marítimo na 3.ª Jornada por

BRE
VES

13-8. Para o conjunto de Azeitão marcaram José Nuno Pinto, Luís Matos (5) e
Reginaldo Migalhas (2). Mas pior que a
derrota dentro do rinque foi a punição
administrativa da equipa com uma derrota
por 0-10 frente ao HC Portimão referente à 2.ª Jornada, jogo que tinha terminado
com a vitória azeitonense por 9-1. A Federação Portuguesa de Patinagem emitiu um
comunicado no passado dia 29 de Novembro punindo a Juventude Azeitonense com
falta de comparência e respectiva derrota
por 0-10, zero pontos e ainda uma multa
no valor de 557 euros por utilização irregular de agente desportivo.
A Juventude Azeitonense encontra-se
assim na 12.ª e última posição do Campeonato da 3.ª Divisão – Série D com
zero pontos, e joga já amanhã frente ao
Clube TAP, num jogo em atraso referente à 1.ª Jornada.

Bar do IFC Torrense reabre
O bar da sede do Independente Futebol Clube Torrense, situado na Avenida M.F.A. na Torre da Marinha, voltou a abrir ao público no passado dia
25 de Novembro, após dois meses de encerramento.
A nova gerência está a cargo do empresário Tó Gaspar que “pretende
reanimar o espaço, apresentando além da cafetaria, um serviço de restauração com refeições diária e petiscos”.

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